metropoles.com

Com atraso, ConecteSUS deve voltar até o fim de semana, diz Queiroga

Plataforma está fora do ar há quase uma semana. Previsão de restabelecimento era terça-feira (14/12), mas sistema sofreu novo ataque hacker

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
hacker conect sus vacina pandemia policia federal 4
1 de 1 hacker conect sus vacina pandemia policia federal 4 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após quase uma semana fora do ar, a plataforma ConecteSUS, que reúne informações clínicas da população brasileira — incluindo dados sobre a vacinação contra a Covid-19 — deve ser reativada até o final de semana.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16/12), pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O cardiologista afirmou que a área técnica do órgão trabalha para reativar a plataforma o mais breve possível.

8 imagens
Ao tentar acessar as plataformas, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados, excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, informou que a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram acionados para investigar o caso. Segundo ele, os dados da população não serão perdidos
Devido ao ataque, o governo federal suspendeu a necessidade do comprovante de vacina contra a Covid-19 para viajantes que chegarem ao Brasil por via aérea
A medida, que havia sido divulgada na quinta-feira (9/11), entraria em vigor no sábado (11), mas foi adiada
Segundo Queiroga, a exigência de quarentena para viajantes não vacinados, que também entraria em vigor, deverá ser adiada até que os dados sejam recuperados pelo ministério
1 de 8

Após ataque do grupo hacker Lapsus$ Group ao site do Ministério da Saúde, a plataforma e o aplicativo do ConectSUS, em que se encontra o comprovante de vacinação contra a Covid-19, saíram do ar

Rafaela Felicciano/ Metrópoles
2 de 8

Ao tentar acessar as plataformas, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados, excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor

Reprodução
3 de 8

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, informou que a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram acionados para investigar o caso. Segundo ele, os dados da população não serão perdidos

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 8

Devido ao ataque, o governo federal suspendeu a necessidade do comprovante de vacina contra a Covid-19 para viajantes que chegarem ao Brasil por via aérea

Gustavo Alcantara / Metropoles
5 de 8

A medida, que havia sido divulgada na quinta-feira (9/11), entraria em vigor no sábado (11), mas foi adiada

Gustavo Alcantara / Metropoles
6 de 8

Segundo Queiroga, a exigência de quarentena para viajantes não vacinados, que também entraria em vigor, deverá ser adiada até que os dados sejam recuperados pelo ministério

Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 8

E agora? Para comprovar as doses da vacina, basta ter em mãos o seu cartão físico de vacinação, aquele papel que você recebeu ao se vacinar

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 8

Para os que não têm acesso ao documento, é possível pedir a 2ª via

Reprodução/Instagram

A rede ficou inativa após o Ministério da Saúde sofrer dois ataques hackers. O primeiro ocorreu na última sexta-feira (10/12) e, segundo Queiroga, atingiu a rede da Embratel, empresa ligada à instituição que administra sistemas do governo federal. Após o incidente, uma série de plataformas do órgão ficou fora do ar.

Em nota enviada ao Metrópoles, a Embratel esclareceu que está apoiando o Ministério da Saúde no tratamento dos danos causados pelo crime cibernético.

“Destacamos que a Embratel não é responsável pela gestão operacional do ambiente tecnológico do Ministério da Saúde sendo somente o broker de Cloud, provida por outro fornecedor. Estamos apoiando o Ministério no tratamento do incidente e a ocorrência está sendo analisada por nossa equipe, que segue também apoiando as autoridades nas investigações e prestando todo o suporte técnico necessário”, informou.

O segundo ataque ocorreu na madrugada de segunda-feira (13/12), quando hackers invadiram a rede interna do ministério. O sistema de telefone e a intranet ficaram inativos, e diversos servidores precisaram trabalhar em regime de home office.

“O ConecteSUS, no fim de semana, deve ser solucionado. A ideia era que o ConecteSUS fosse restaurado na terça-feira, eu até falei isso para a imprensa. Só que houve esse outro ataque hacker, e a gente está buscando todos os maios para ter uma segurança maior, embora não exista segurança total”, disse Queiroga.

O ministro também informou que a rede interna do ministério foi restabelecida nesta quinta-feira. Com a reativação dos sistemas, servidores voltaram ao trabalho presencial.

“A questão dos hackers está na PF para que possamos identificar esses criminosos. As medidas serão tomadas para restabelecer a rede. A rede interna já foi restabelecida, o ConecteSUS está em avanço para que volte a funcionar o mais rápido possível”, concluiu o ministro.

Ataques ao governo federal

A ocorrência do segundo ataque hacker foi confirmada pelo ministro Marcelo Queiroga, na noite de segunda-feira (13/12). Os sistemas internos do órgão estavam inativos desde a madrugada, mas a assessoria de imprensou negou, durante toda a tarde, a incidência de crime cibernético.

Em nota enviada à imprensa, a pasta informou que o problema se tratava de manutenção da rede interna. No entanto, à noite, Queiroga admitiu o ataque.

“Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde. Aquilo foi a nível da Embratel, e felizmente os dados não foram comprometidos”, assinalou Queiroga. O titular da Saúde explicou que o prazo para retomada do ConecteSUS, definido para esta terça-feira (14/12), já não será cumprido.

“Houve esse outro ataque. Infelizmente somos vítimas dessas figuras que têm, de maneira criminosa, invadido o sistema. Tentado invadir, eles não conseguem invadir, mas tumultuam, atrapalham”, acentuou o ministro.

O primeiro ataque hacker aos sistemas do governo federal ocorreu durante a madrugada de sexta-feira (10/12) e teria “sequestrado” cerca de 50 terabytes de dados relacionados à pasta. A organização Lapsus$ Group assumiu a autoria da invasão, de acordo com a mensagem deixada no site.

Além do Ministério da Saúde, outros órgãos federais foram alvo de ataque hacker na última sexta-feira. É o caso da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Federal do Paraná (IFPR), que tiveram seus sistemas invadidos na semana passada.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?