Com alta dos combustíveis, Goiânia lidera prévia da inflação no Brasil
Capital registrou maior aumento da inflação em agosto, no Brasil, com alta de 1,34%. Índice foi puxado pela gasolina, que subiu 6,31%
atualizado
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Goiânia – A prévia do cálculo da inflação, referente ao mês de agosto, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra Goiânia com o maior aumento do país, entre as áreas pesquisadas.
A capital registrou uma variação de 1,34% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao mês anterior, puxada principalmente pela alta do preço da gasolina e da energia elétrica.
Conforme o levantamento feito pelo IBGE, a gasolina subiu 6,31% em Goiânia, na prévia da inflação de agosto, acumulando 32,09% de alta no ano e 48,8% nos últimos 12 meses. O etanol subiu 7,54% no mês, com acúmulo de 41,29% em 2021, até então, e 71,71% nos últimos 12 anos. Já o óleo diesel avançou 1,93% em agosto, com aumento de 28,15% neste ano e 37,27% nos últimos 12 meses.
Goiânia aparece na frente de cidades como Curitiba (PR), em segundo lugar, com variação de 1,18%, Brasília (1,05%), Porto Alegre (RS), que teve aumento de 1,01%, e São Paulo (0,96%). A média nacional foi de 0,89%, em agosto, um aumento de 0,17% em relação a taxa de julho.
Esta é a sexta taxa consecutiva de aumento da prévia da inflação em Goiânia, este ano. A última variação negativa foi registrada em fevereiro, com índice de -0,03%. Até então, a capital acumulou uma inflação de 6%, em 2021, com aumento de 10,67%, nos últimos 12 meses.
Os índices de Goiânia estão acima da média nacional. No Brasil, o acumulado foi de 5,81% neste ano, até então, e 9,3% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2020, a variação da inflação nacional havia sido de 0,23%.
Alta de 3,6% da energia
Além da gasolina, outra variação que puxou a inflação de Goiânia foi a energia elétrica. O preço da taxa cobrada pelo serviço de energia residencial subiu 3,6%, na capital, em agosto. Esta é a quarta alta consecutiva do serviço, que já acumula um avanço de 13,3%, nos últimos 12 meses.
Entre os grupos analisados para o cálculo da inflação, a energia aparece atrás, somente, dos combustíveis. Em seguida, aparecem o aluguel, com aumento de 1,39%, veículos, cujo preço subiu 1,22%, alimentação fora de casa (0,86%) e carnes (0,73%).
Cálculo
O cálculo da prévia da inflação foi feito nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e da cidade de Goiânia. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
Entre as áreas analisadas, Belo Horizonte apresentou a menor variação da inflação, com índice de 0,4%. A taxa foi influenciada, segundo o IBGE, pela queda das passagens aéreas (-20,05%) e taxas de água e esgoto (-6.4%).