Com 50% do senado em risco, 60 gabinetes funcionam em home office

Para evitar a propagação e contaminação do novo coronavírus, mais de 60 gabinetes do senado estão funcionando por home office. No total de 81 senadores, 50% dos eleitos têm mais 60 anos e se enquadram no grupo de risco, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

No total, 41 tem mais de 60 anos e 20 estão faixa etária de 70 a 90 anos. O primeiro senador a adotar o teletrabalho e home office em seu gabinete foi o Confúcio Moura (MDB-RO), de 71 anos.

Por conta da idade, alguns eleitos têm feito quarentena mesmo sem apresentar sintomas, como no caso do Flávio Arns (Rede-PR), Dário Berger (MDB-SC) e Lasier Martins (Podemos-RS).

O primeiro caso de contaminação na Casa foi do Nelsinho Trad (PSD-MS), que viajou na comitiva oficial aos Estados Unidos, junto ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Apesar dos testes dos funcionários terem dado como negativo ao coronavírus, o gabinete funciona por teletrabalho desde a confirmação da Covid-19 no senador.

Da mesma forma, operam os servidores de Alessandro Vieira (Cidadania-SE),  Marcos do Val (Podemos-ES) e Lasier Martins (Podemos-RS).

O senador mais velho na casa é o José Maranhão (MDB-PB), com 85 anos. Em seguida, é o recém-eleito Arolde de Oliveira (PSD-RJ), de 81 anos. Ambos têm evitado os corredores do Congresso Nacional.

Congresso virtual
Devido ao aumento no número de políticos com coronavírus, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal vão manter os trabalhos legislativos por meio de um sistema virtual para evitar o alastramento da doença.

De acordo com o secretário-geral da mesa, Luis Fernando Bandeira, o novo sistema ainda está em fase de testes e deverá ser concluído na sexta-feira (20/03). A plataforma é fruto de um protótipo pensado ainda durante o período de greve dos caminhoneiros.

No entanto, não há recomendação do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para estender a matérias congressuais.