Colombiano suspeito de furtar rosário do século 19 em MG é preso
Suspeito acabou preso em Bogotá, na Colômbia. Peça, que segue desaparecida, foi furtada em igreja de Ouro Preto (MG)
atualizado
Compartilhar notícia
Um homem suspeito de furtar um rosário em uma igreja de Ouro Preto (MG) foi preso em Bogotá, na Colômbia. A peça, que segue desaparecida, é um rosário beneditino do século 19, com elementos em ouro.
O objeto religioso faz parte do acervo da Basílica de Nossa Senhora do Pilar, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O crime ocorreu em 10 de novembro de 2023.
William Cardona Silva, que é colombiano, acabou detido no país de origem. Ele é um dos quatro denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelo crime, e era alvo de um alerta vermelho da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
De acordo com o MPMG, a extradição do suspeito para o Brasil deve ser solicitada em breve. Segundo o órgão, ele responde a diversos outros processos, e é investigado, também, por um furto milionário em uma joalheria de um shopping de Boa Vista, em Roraima.
Outros dois suspeitos do furto ao objeto religioso, os também colombianos Miller Daniel Hortua Laverde e Ingrid Lorena Ceron Rincon, seguem presos. Uma mulher, identificada como Carol Viviana Pineda Rojas, segue foragida.
Furto do rosário
Conforme o MPMG, os investigados viajaram de São Paulo para Ouro Preto em um carro alugado, em 8 de novembro, para planejar o crime. No dia 10, os quatro retornaram à cidade mineira para furtar a peça, cujo valor seria dividido entre eles.
Imagens de segurança registraram o momento em que William Cardona, Carol Viviana e Ingrid Lorena entram no museu de arte sacra da Igreja do Pilar. Com auxílio de uma ferramenta, William rompeu a trava do vidro de proteção e forçou a vitrine, sem quebrá-la e sem acionar o alarme.
Ainda de acordo com o MPMG, no momento do crime, Ingrid ficou andando pelo museu, com o objetivo de impedir a aproximação de testemunhas. Miller Daniel manteve-se o tempo todo do lado de fora, vigiando a movimentação de pessoas.
Logo após o crime, os denunciados fugiram para Belo Horizonte. Pouco tempo depois, foram para um imóvel alugado em Betim, na região metropolitana da capital mineira.
Em 11 de novembro, Ingrid e Miller devolveram o veículo alugado no Centro de BH e voltaram para São Paulo, de ônibus. Na madrugada do dia 12, os outros dois acusados também seguiram para SP.