“Colômbia” foi o mandante dos assassinatos de Bruno e Dom, diz PF
Rubens Villar, conhecido como “Colômbia” é apontado como líder de organização criminosa de pesca ilegal no Vale do Javari
atualizado
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O traficante, Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia” foi o mandante das mortes do jornalista Dom Phillips e indigenista Bruno Pereira, assassinados em junho do ano passado. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (23/1) pelo Superintendente da Polícia Federal (PF) do Amazonas, Alexandre Fontes.
Após meses de investigação, a PF concluiu que “há indícios veementes” que Colômbia foi o mandante do assassinato ocorrido em junho do ano passado. Villar é suspeito de comandar um grupo de pesca ilegal no Vale do Javari, região em que o jornalista e indigenista foram assassinados. Bruno Pereira chegou a apreender barcos e peixes que pertenciam à quadrilha.
“Não tenho dúvida que o mandante foi o Colômbia. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, disse Fontes.
Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele foi preso pela primeira vez em julho, mas foi solto em outubro, após pagar fiança de R$ 15 mil. No entanto, a prisão dele foi decretada novamente no final de 2022 após descumprir condições impostas por ocasião da concessão de sua liberdade provisória.
Fontes ainda disse que novos nomes apareceram no caso, como o irmão de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado.
“Foi encaminhado um relatório à Justiça Federal com mais seis indiciamentos. Tínhamos anteriormente 3 nomes. Identificamos o irmão do Amarildo, ele forneceu a arma de fogo para o Amarildo. Ele vai responder por participe do homicídio.”
Relembre o caso
Dom e Bruno foram executados a tiros em 5 de junho na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, 41, Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, estão presos.
Colômbia já tinha sido preso por falsidade ideológica em julho do ano passado, após apresentar documentos falsos ao ouvido pela polícia em Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios.