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Colegas dizem que atirador de Goiânia já levou livro satânico à escola

Segundo duas alunas, autor dos disparos tinha “comportamentos estranhos” e chegou a levar livro satânico para aula de ética

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De acordo com duas colegas de classe do adolescente que atirou contra alunos nesta sexta-feira (20/10) na escola Goyases em Goiânia, o garoto tinha “comportamentos estranhos”. Elas ainda afirmam que o jovem chegou a levar um livro sobre satanismo à escola.

“Numa prova de ética, ele desenhou o símbolo nazista, e em uma roda literária, levou um livro satânico”, contou uma das meninas à reportagem. Segundo a colega, o episódio aconteceu no ano passado, e o menino não disse de onde ele havia tirado o livro.

A outra jovem disse que o estudante era uma pessoa “muito estranha e fria”. “Se você fizesse uma brincadeira, ele falava que ia te levar para o inferno, que ia matar tua família e te matar”, relatou a menina.

Uma delas descreve que houve um período em que o autor dos disparos ocupou lugar em frente ao dela na sala. “Foi na época em que ele falou para mim que ia matar meu pai e minha mãe”, lembra, acrescentando que o agressor fazia ameças semelhantes a outros alunos.

Disparos
Segundo as duas meninas, o colega jamais havia ameaçado levar uma arma ao colégio e, a princípio, não identificaram o barulho dos disparos como sendo tiros. “Como teria mostra científica amanhã, pensamos que um dos projetos tinha estourado, ou alguma bombinha. Na hora em que vimos a arma, saímos correndo”, conta uma das garotas. Ambas afirmam que o jovem teria começado a disparar aleatoriamente.

Amiga de João Pedro (uma das vítimas fatais), uma das adolescentes o descreve como alguém que brincava com todos, mas desconhece qualquer apelido específico em relação ao atirador. Quanto a João Vitor, outro morto, a garota o define como “uma pessoa normal, bom aluno”. Outros quatro estudantes ficaram feridos no ataque.

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Luto
Uma faixa com os dizeres “Família Goyases em luto” foi afixada na porta da escola na tarde desta sexta. Acima dela, outra anunciava a realização da mostra científica que ocorreria na escola neste sábado (21).

Francisco Costa, delegado do departamento de homicídios, disse que a sala estava revirada, com marcas de bala nas paredes e no chão, e havia manchas de sangue do terceiro andar da escola até o térreo.

Três alunas do 9º ano, sentadas na calçada, comentam que há aula de ética toda semana. Em uma dessas aulas, o autor dos disparos teria desenhado uma suástica. (Com informações da Agência Estado).

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