Cobrado, Pacheco critica o PL: “Não é capaz de organizar a oposição”
Dois deputados bolsonaristas foram alvo de operações da Polícia Federal (PF) na última semana, e oposição cobrava posicionamento
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se manifestou nesta quinta-feira (25/1) depois de duas operações da Polícia Federal (PF) contra parlamentares em semanas seguidas. Os deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) foram alvo de mandados de busca e apreensão.
Pacheco vem sendo muito cobrado pelos parlamentares da oposição a defender os detentores de mandatos das investidas do Judiciário, mas mirou o próprio PL em sua manifestação: “Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF”, afirma Pacheco, em nota oficial.
“E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema”, conclui o pronunciamento.
A manifestação mostra uma mudança de tom por parte do senador. Membros da oposição no Congresso pressionavam para que Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), saíssem em defesa dos parlamentares depois das operações.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, criticou Pacheco nesta quinta. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências”, afirmou.