Coaf vê indícios de lavagem de dinheiro em contas bancárias de Romário
Irmã do congressista faria parte do esquema e atuava para ocultar recursos. Movimentação foi de cerca de R$ 8 milhões
atualizado
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Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o senador Romário (Podemos-RJ) e sua irmã, Zoraide de Souza Faria, terão que responder ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, sobre supostos atos ilícitos que indicariam lavagem de dinheiro em operações bancárias. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com um relatório tornado público em maio, Zoraide é suspeita de ter agido com o intuito de ocultar movimentação financeira, já que ela deu uma procuração ao irmão para que ele pudesse movimentar recursos depositados no Banco do Brasil. Segundo o Coaf, o fluxo na conta é “incompatível com a capacidade financeira” da irmã do congressista.
O relatório do Coaf acrescenta que fortes indícios levam a crer que o dinheiro pertence a Romário e que a irmã estaria sendo usada com o intuito de ocultar a movimentação. O documento conclui que é possível ter ocorrido crime de lavagem de dinheiro.
Do valor total movimento na conta de Zoraide, cerca de R$ 6 milhões têm origem da RSF, uma empresa com as iniciais de Romário, cujos sócios são a mãe e o pai dele. É por meio dela que o senador recebeu valores devidos pelo Flamengo. Outros R$ 2 milhões rastreados no Banco do Brasil teriam origem de uma conta na Caixa Econômica Federal.
Por lei, o Coaf é obrigado a avisar as autoridades em casos de investigações que encontrarem indícios de lavagem de dinheiro em movimentações financeiras.
Procurados o senador e a irmã não foram encontrados para comentar os indícios de irregularidade.