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Coaf: Barros tem movimentação bancária “incompatível com patrimônio”

O líder do governo na Câmara movimentou R$ 418 mil, 94% do que o parlamentar diz ter como patrimônio líquido declarado: R$ 446 mil

atualizado

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Ricardo Barros
1 de 1 Ricardo Barros - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou à CPI da Covid que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros teve “movimentação financeira incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira”.

O relatório, obtido pelo jornal O Globo, mostra que Barros movimentou R$ 418 mil, o equivalente a 94% do que o parlamentar diz ter como patrimônio líquido declarado: R$ 446 mil. No total, foram R$ 169.849,97 acima da capacidade.

As operações foram feitas com familiares ou “estreitos colaboradores” sem que fossem justificadas por eventos econômicos. Além disso, houve  “movimentação por meio de saques, os quais dificultam identificar os beneficiários finais dos recursos”.

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Bolsonaro, Tolentino e Barros
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, chegando ao Palácio do Planalto
Ricardo Barros, ex-ministro da Saúde de Temer, é o líder do governo Bolsonaro
Deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
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Ricardo Barros com o presidência da República, Jair Bolsonaro

Dida Sampaio/Estadão
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Bolsonaro, Tolentino e Barros

Reprodução
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Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, chegando ao Palácio do Planalto

Igo Estrela/Metrópoles - 11 de novembro de 2020
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Ricardo Barros, ex-ministro da Saúde de Temer, é o líder do governo Bolsonaro

Wilson Dias/ Agência Brasil
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Deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara

Michael Melo/Metrópoles

Entre as transferências, estão 13 pessoas físicas e 24 jurídicas das quais Barros é sócio. A administradora das contas correntes do grupo econômico disse ao órgão que tratam-se de transações de venda de imóveis. Em seguida, esse dinheiro seria destinado ao pagamento de empréstimos contratados entre as empresas do grupo.

O relatório ressalta que o deputado é investigado por corrupção passiva, crime eleitoral, crimes contra a dministração pública, formação de quadrilha, fraude, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e lavagem eleitoral.

“É investigado pelo MP-PR, por supostamente aproveitar-se de sua influência política para adquirir metade de um lote de R$ 56 milhões em Marialva (PR), após ter declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio total de apenas R$ 1,8 mil. Barros, que também responde por sonegação fiscal, foi citado na lista dos políticos com ‘fichas sujas’”, escreve o Coaf.

O deputado nega qualquer irregularidade e afirma que as operações estão “dentro da normalidade”.

“Não há relação entre movimentação financeira e patrimônio declarado. São coisas incomparáveis. A Receita Federal inclusive já acatou a minha defesa em processo administrativo que questionava essas movimentações. Não há nada de irregular”, afirmou, em nota enviada ao jornal O Globo.

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