Coaf aponta depósito de R$ 100 mil para suspeito da morte de Marielle
Depósito foi feito em dinheiro na boca do caixa, sete meses depois da morte de Marielle e Andreson
atualizado
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O Ministério Público (MP) citou um relatório feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em um pedido de bloqueio de bens do policial reformado Ronnie Lessa. O relatório aponta um depósito feito na conta de Lessa de R$ 100 mil reais em dinheiro. Lessa é investigado pela participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Segundo informações do G1, o MP pediu o bloqueio de bens do ex-PM Élcio Queiroz, também preso por participação no mesmo crime. O depósito na conta de Lessa foi feito sete meses depois do assassinato de Marielle e Anderson, no dia 9 de outubro de 2018. A entrega do dinheiro foi feita em espécie na boca do caixa.
O bloqueio de bens pedido pelo MP tem como intuito garantir indenização por danos morais e materiais às famílias das vítimas. O MP ainda citou no pedido outros bens de Lessa, como a casa que é localizada em “um condomínio de luxo na Barra da Tijuca”, os automóveis e uma lancha que foi apreendida em Angra dos Reis e que está em nome de um “laranja” de Lessa. Segundo o Ministério Público, o patrimônio é incompatível com a renda de um policial reformado.
O pedido de bloqueio de bens foi recebido e aceito na mesma decisão que decretou a prisão de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, na 4ª Vara Criminal, pelo juiz Gustavo Kalil. Os acusados foram levados a uma audiência de custódia nessa quinta-feira (14/3) pela prisão em flagrante por posse ilegal de armas na terça-feira (12/3). A polícia encontrou 117 fuzis desmontados na casa de um amigo de Lessa, que também tinha armas em casa. Queiroz foi preso com uma pistola.
Nesta sexta-feira (15/3), os suspeitos do crime serão levados para depoimento sobre o assassinato, logo após, Lessa e Queiroz seguirão para Bangu 1, de onde serão transferidos para um presídio federal, como determina a Justiça.