Governo não adiará CNU no Brasil, mas prevê judicialização no RS
Prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) será aplicada no próximo domingo, 5 de maio. Governador do RS chegou a pedir adiamento
atualizado
Compartilhar notícia
Após informar que manteria o Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de Enem dos Concursos, o governo federal não descarta a entrada de uma judicialização para adiar a prova no Rio Grande do Sul (RS), afetado por graves chuvas.
A postergação seria apenas para o estado, e não ocorreria em nível nacional. Isso porque o custo estimado de um adiamento em nível nacional seria de R$ 50 milhões. Na última quarta-feira (1º/5), o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que pediria ao governo federal o adiamento do certame no estado.
As provas estão marcadas para o próximo domingo (5/5), em 228 municípios do país. São 2,1 milhões de inscritos. No estado gaúcho, 10 cidades receberão a prova. No ranking nacional, o RS é o oitavo em número de participantes, com 80.348 inscrições.
Por enquanto, o governo federal segue monitorando a situação no Rio Grande do Sul. Na noite de quinta-feira (2/5), o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) emitiu uma nota para confirmar a normalidade do concurso no domingo (5/5).
A decisão foi tomada após uma reunião entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Gestão e Inovação, Esther Dweck, no Palácio do Planalto.
Em nota divulgada ontem, o MGI garantiu a manutenção da aplicação das provas. “O governo federal envidará todos os esforços para garantir, no Rio Grande do Sul, a participação dos candidatos, em diálogo com as autoridades federais, estaduais e municipais competentes”, diz a pasta.
As provas já foram enviadas para cada estado e interromper o processo poderia violar as questões, na primeira edição do certame, que é o maior já realizado no país.
O governo federal instalou, também na quinta, uma sala de situação para acompanhamento e coordenação de ações relacionadas à tragédia.
As fortes chuvas que devastam o Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (29/4) já deixaram 31 mortos e 74 desaparecidos.
Possibilidade de ressarcimento
Já nesta sexta (3/5), o MGI informou que candidatos poderão solicitar ressarcimento da taxa de inscrição do CNU em casos de falta de energia e desastres naturais. Os candidatos desembolsaram uma taxa de inscrição de R$ 90 para as provas de nível superior e de R$ 60 para as de nível médio.
Caso o candidato se prejudique por alguma dessas situações, ele precisará enviar uma solicitação de reembolso por meio da Área do Candidato, na mesma página da internet em que fez a inscrição.
Para acessar, é preciso fazer login com os dados da conta Gov.br. O pedido pode ser feito até o dia 10/05 — cinco dias úteis após a realização do exame. A instituição analisará as solicitações e encaminhará para o Ministério da Gestão, responsável pelo concurso, fazer a devolução.
CNU
Modelo novo de seleção pública, inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o concurso vai escolher, de uma só vez, 6.640 profissionais para ocupar cargos em 21 órgãos públicos federais.
A prova abrangerá questões objetivas e dissertativas específicas para cada área de atuação, com aplicação em 228 cidades de todas as unidades federativas do Brasil.
Veja lista de cidades onde será aplicado o Concurso Nacional Unificado