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CNMP abre processo disciplinar contra procurador bolsonarista

Ailton Benedito é acusado de xenofobia, além de se mostrar contrário às medidas de contenção em relação ao novo coronavírus

atualizado

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Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Procurador da República Ailton Benedito (MPFGO)
1 de 1 Procurador da República Ailton Benedito (MPFGO) - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

Foi decidido nesta terça-feira (23/3), em julgamento, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a abertura de um processo administrativo disciplinar contra o procurador Ailton Benedito. A pasta concluiu que o bolsonarista difundiu “discurso de ódio” e xenofóbicos, ao se referir à Covid-19 como “vírus chinês”, além de outras falas repressivas.

Em meio à pandemia, o fiscal da lei defende medidas que vão de encontro às recomendações de órgãos internacionais da saúde para conter a disseminação do vírus. Além de se mostrar a favor do “kit Covid”, que reúne a prescrição de diversos medicamentos sem eficácia comprovada para combater a doença.

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Augusto Aras é o presidente do CNMP e procurador-geral da República
Procurador da República Ailton Benedito, conhecido pelo seu perfil bolsonarista
Conselheiro luciano nunes maia freire
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Augusto Aras comanda o CNMP

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Procurador da República Ailton Benedito, conhecido pelo seu perfil bolsonarista

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Conselheiro luciano nunes maia freire

CNMP/ Divulgação

Convém relembrar que Benedito é aliado de Augusto Aras, procurador-geral da República. Durante a sessão do julgamento, o chefe da pasta preferiu não se pronunciar ao se declarar suspeito.

Já o conselheiro Luciano Nunes Maia Freire repudiou as falas de Benedito em relação à contenção do coronavírus. “(O procurador) manifestou-se de forma continuada utilizando-se de discurso de ódio, discriminação, xenofobia, expressões ofensivas em relação a chefes de Estado, ao diretor-geral da OMS e a colegas membros do Ministério Público brasileiro, propagando informações inverídicas conforme capturas de tela constantes dos autos”, declarou Nunes.

Em outro momento, Nunes relembrou falas consideradas xenofóbicas e discriminatórias por parte do procurador, as quais foram publicadas nas redes sociais em março do último ano.

“Eis a ditadura comunista da China em ação, ela que usa um serviçal para comandar a OMS, que governadores e prefeitos do Brasil estão invocando como fundamento para impor ditaduras estaduais e municipais às respectivas populações, violentando a Constituição”, escreveu Ailton Benedito à época.

Os conselheiros Sebastião Caixeta e Sandra Krieger também foram favoráveis ao PAD contra o procurador. A situação, caso instaurada, resultará em pena de advertência para Ailton Benedito.

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