metropoles.com

CNJ decide afastar juiz acusado de assediar 96 vítimas em São Paulo

Por unanimidade, o conselho determinou o afastamento cautelar e a instauração de um processo administrativo contra Marcos Scalercio

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução / Instagram
Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual
1 de 1 Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual - Foto: Reprodução / Instagram

O Conselho Nacional de Justiça decidiu, por unanimidade, afastar de forma cautelar o juiz do Trabalho Marcos Scalercio, acusado de assediar e praticar violência sexual contra 96 vítimas. Os magistrados também determinaram a instauração de um processo administrativo contra o acusado.

Scalercio atua no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, de São Paulo, e era conhecido por dar aulas em cursinho preparatório para concurso.

Os relatos de abuso vieram à tona em agosto. As vítimas relatam que foram agarradas e beijadas à força, abordadas de forma inapropriada nas redes sociais e sofreram retaliações ao negarem manter relações com ele. Os casos de agressões, ocorridos entre 2014 e 2020, foram reunidos pela Me Too Brasil.

Segundo a organização, dos 96 relatos, 26 foram encaminhados ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e ao CNJ, enquanto os outros 70 foram recebidos pela rede Me Too Brasil. Entre as denúncias, seis são casos de estupros.

4 imagens
Dezenas de mulheres já denunciaram abuso por parte do magistrado
Juiz Marcos Scalercio apagou publicações no Twitter e no Facebook após a repercussão do caso
Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual
1 de 4

Juiz Marcos Scalercio é denunciado por assédio sexual

Reprodução
2 de 4

Dezenas de mulheres já denunciaram abuso por parte do magistrado

Reprodução de vídeo
3 de 4

Juiz Marcos Scalercio apagou publicações no Twitter e no Facebook após a repercussão do caso

Reprodução / Instagram
4 de 4

Juiz Marcos Scalercio é acusado de assédio sexual

Reprodução de vídeo

Em seu canal do YouTube, com mais de 22 mil inscritos, o juiz é elogiado pelas analogias e humor ao tratar dos assuntos jurídicos. O magistrado apagou as publicações no Twitter e no Facebook após a repercussão do caso.

No entanto, a partir da divulgação das denúncias, ex-alunos da Damásio Educacional, onde Scalercio lecionava, passaram a relatar, nas redes sociais, que ele se aproveita de sua posição para praticar assédios: “Dava em cima de várias alunas. Dava desculpa de ‘me chamar lá no insta, que esclareço’, e quando chamavam, ele já dava em cima”, diz uma postagem. Em outra, uma mulher afirma: “Chocada [com a notícia de assédio], mas nem tanto”.

O que diz a defesa

Em nota, a defesa de Scalercio afirmou que as acusações formais conhecidas pelo magistrado foram julgadas e arquivadas por duas vezes pelo TRT-2, “em órgão composto majoritariamente por mulheres”.

“Marcos e sua defesa sustentam sua inocência, respeitam o posicionamento do CNJ, e aguardarão disponibilização dos votos para decidirem sobre próximas medidas”, pontuou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?