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CNJ afasta juíza eleitoral do Paraná que fez publicações contra o PT

A juíza Regiane Tonet dos Santos, do TRE do Paraná, responderá por postagens feitas de 2017 a 2019

atualizado

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1 de 1 Delgatti - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu, na última terça-feira (10/5), um processo administrativo disciplinar contra a juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) Regiane Tonet dos Santos, e determinou, também, o seu afastamento imediato das funções. A decisão ocorreu após reclamações do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre postagens da juíza nas redes sociais.

A sentença se deu a partir de uma série de publicações da magistrada contra o PT e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2017 e 2019. Tonet também postou ofensas contra os membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma das postagens, a magistrada se referiu à ministra Cármen Lúcia como “incapaz de dirigir uma reunião de condomínio, gagá e confusa”, além de afirmar que o STF se “acovardou, a justiça sucumbiu”.

Tonet divulgava publicações contra integrantes do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Muito mais do que a punição de um mero corrupto, essa condenação materializa os conhecidos jargões de que ninguém está acima da lei e que a justiça atinge a todos”, disse a juíza em um post nas redes sociais sobre a condenação do petista.

O PT argumentou, na reclamação, que as manifestações da juíza do Paraná passavam “ao largo da autorização à manifestação política pública prevista no Provimento n. 71/2018, especialmente considerando a digna função eleitoral por ela exercida junto à 112a ZE de Guaraniaçu”.

O CNJ determinou, também, que o TRE/PR nomeie um substituto para a jurisdição da 112º Zona Eleitoral de Guaraniaçu.

Na decisão, o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, declarou que se espera um comportamento exemplar de cidadania e, como membro do Poder Judiciário, a magistrada deveria transmitir confiança para a sociedade. “Isso mesmo que em manifestação em suas redes sociais, aberta ao público jurisdicionado de maneira geral, que detém conhecimento da atuação da magistrada junto à Justiça Eleitoral Regional”.

Além disso, Fux ressaltou que a juíza deveria ser uma “solucionadora de conflitos sociais” para conservar a independência e imparcialidade do Judiciário.

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