CNI: falta de política industrial de Estado facilita baixo crescimento
Para o vice-presidente da CNI, Leonardo de Castro, faltou, ao longo de décadas, política de Estado que apoiasse a indústria nacional
atualizado
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O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Leonardo de Castro, afirmou, nesta terça-feira (6/8), que faltou uma política de Estado que apoie e valorize a indústria brasileira ao longo dos tempos, mas que ações recentes (como a Nova Indústria Brasil – NIB) fazem uma sinalização mais positiva.
De acordo com ele, essa ausência de ações do governo federal ao longo do tempo foi responsável por contribuir, “de forma decisiva, para o baixo crescimento do Brasil nos últimos 40 anos”.
A declaração ocorreu na manhã desta terça durante a abertura do seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, organizado pela CNI, que contou com a presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e do ministro da Fazenda interino, Dario Durigan.
“Um país desenvolvido reconhece a indústria como uma vertente central para o desenvolvimento. O Brasil já desperdiçou muitas oportunidades”, analisou Castro.
Ainda segundo o vice-presidente da CNI, a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial anunciada pelo governo Lula (PT), “vem preencher essa lacuna, com um projeto que parte das demandas atuais da sociedade brasileira e mobiliza a indústria a buscar soluções para esses desafios”.
Contudo, ele salienta que o sucesso da NIB depende da união entre governo, empresas e academia. Para o vice-presidente da CNI, “não é exagero dizer que o país está diante de uma oportunidade histórica de transformar a indústria e a economia nacional”.