CNI diz que Copom comete “erro” ao aumentar Selic para 12,25%
Instituição do setor produtivo argumenta que inflação tende a ceder e enxerga desaceleração da economia
atualizado
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25%. O incremento na taxa nesta quarta-feira (11/12) foi de 1 ponto porcentual.
A CNI classificou a decisão do Compom como “incompreensível e totalmente injustificada” ao que chamou de um “erro do Banco Central”, por meio de uma.
“Intensificar esse ritmo (de alta na taxa), como a autoridade monetária escolheu, portanto, não faz sentido no atual contexto econômico, marcado pela desaceleração da inflação em novembro e pelo pacote efetivo de corte de gastos apresentado pelo governo federal”, argumentou a CNI.
A confederação também argumenta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil começa a desacelerar, vide o resultado do terceiro trimestre deste ano (elevação de 0,9%). Além disto, a instituição se vale do fato de a redução das taxas de juros no ambiente externo para dizer que o mesmo poderia ser replicado aqui.
Em relação à inflação, a leitura da CNI é de que os fatores climáticos, que pressionaram o índice em 2024, não terão a mesma intensidade em 2025. “A CNI acredita que a inflação vai continuar desacelerando em 2025, pois as condições climáticas mais favoráveis no próximo ano devem contribuir para a desaceleração expressiva dos preços de alimentos e energia.”
Mais cedo, outras instituições do setor produtivo já haviam criticado a decisão do Copom. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) classificou o aumento da Selic em 1 ponto porcentual em como “excessivo”.
Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) se manifestou, por meio de nota, contra a medida e considerou que a Selic nos patamares atuais é algo “insustentável”.