metropoles.com

CNBB critica aborto de menina estuprada pelo tio: “Assassinato de um bebê”

Bispo dom Ricardo Hoepers publicou artigo com duras críticas à interrupção da gravidez na página da confederação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Andre Coelho/Getty Images
Bispo CNBB
1 de 1 Bispo CNBB - Foto: Andre Coelho/Getty Images

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Ricardo Hoepers, publicou um artigo criticando a decisão judicial que autorizou a interrupção da gravidez de uma menina de 10 anos vítima de estupro em São Mateus (ES).

O bispo classifica o aborto legal como “assassintato de um bebê de mais de cinco meses” e “crime”. A informação sobre o tempo de gestação, no entanto, não foi confirmada oficialmente nem pela Justiça, nem pelo hospital onde o procedimento seria feito.

“Por que não foi permitido esse bebê viver? Que erro ele cometeu? Qual foi seu crime? Por que uma condenação tão rápida, sem um processo justo e fora da legalidade? Por que o desprezo a tantas outras possibilidades de possíveis soluções em prol da vida? Foram muitos os envolvidos, mas o silêncio e omissão dos órgãos institucionais que têm a prerrogativa de defender a vida se entregaram às manobras de quem defende a morte de inocentes. Por quê?”, questionou o religioso.

No texto, o bispo alega que “duas crianças poderiam viver” e relata laudo técnico em favor do feto e critica a mobilização em levar a criança para outro estado para a realização do aborto. Dom Ricardo também se mostrou contra o fato de a decisão ter sido tomada em nome da menina grávida.

“A violência do estupro e do abuso sexual é infame e horrenda, mas a violência do aborto provocado em um ser inocente e sem defesa é tão terrível quanto”, comparou.

Protesto em frente a hospital

Após passar mais de uma semana sob a guarda do Estado esperando uma decisão judicial e de ter tido um procedimento cancelado porque a equipe médica capixaba se negou a fazer a intervenção, a criança foi levada para Pernambuco, mas um grupo de manifestantes antiaborto cercou o hospital nesse domingo (16/8), na tentativa de impedir o procedimento.

Os manifestantes, a maioria religiosos ou membros de grupos de extrema-direita, alegam que a gestação da menina já passou das 20 semanas e que mesmo o aborto legal a essa altura seria proibido. O tempo de gestação da meninas, porém, não foi confirmado oficialmente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?