Clarinha, mulher em coma há 21 anos, não é menina desaparecida
Irmã da garota que sumiu suspeitava da conexão, mas polícia mostrou que dados teriam sido cruzados em 2015, caso Clarinha fosse a criança
atualizado
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Clarinha, mulher em coma há 21 anos, não é a menina desaparecida em 1976, Cecília José de Faria, como suspeitava-se. A informação foi divulgada pela Polícia Civil após um exame com papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública comprovar a incompatibilidade entre as duas.
Clarinha foi atropelada em junho de 2000 por um ônibus, enquanto supostamente fugia de um perseguidor não identificado. Ela chegou ao hospital sem identidade e, desde então, está em coma. A identidade dela nunca foi encontrada.
Os perfis do casal de Minas Gerais que perdeu a criança em 1976 e de Clarinha foram comparados e o resultado foi incompatível. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o material genético de Clarinha já estava inserido no Banco de Dados de Perfis Genéticos desde abril de 2015. “Assim, caso a paciente fosse filha do casal mineiro, a maternidade/paternidade dessa teria sido confirmada em novembro de 2015”, disse a nota. A polícia chegou a comparar os perfis novamente, mas o resultado foi negativo.
Inicialmente, a partir de uma análise de dados de Clarinha e Cecília, uma suspeita foi levantada de que as duas poderiam ser a mesma pessoa. Quando tinha 1 ano e 9 meses, Cecília desapareceu enquanto viajava com a família para Guarapari (ES). Desde então, ela era procurada e cerca de 20 pessoas que poderiam ser, mas não eram a menina, já apareceram.
A irmã de Cecília, Débora São José de Faria, de 50 anos, começou a pesquisar sobre a nova possibilidade quando recebeu um telefonema de um homem que se identificou como policial do Paraná, que levantou a possibilidade de Clarinha ser a menina desaparecida.
“Ele me deixou com a pulga atrás da orelha. Eu olhei na internet, verifiquei que realmente existia essa pessoa (internada no Espírito Santo), pedi para a delegacia daqui entrar em contato com o pessoal do Espírito Santo e pedir o material genético.”