Cirurgiã é suspensa após compartilhar vídeos com pele de pacientes
Caren Trisoglio Garcia expôs material em redes sociais. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo suspendeu o registro dela
atualizado
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Após compartilhar na internet imagens que mostram pedaços de pele e sacos plásticos com gordura retirados de pacientes, a cirurgiã plástica Caren Trisoglio Garcia, que atende em Ribeirão Preto (SP), teve o registro temporariamente suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
A suspensão, segundo informa o portal G1, ocorreu na quinta-feira (8/4) e tornou-se pública por meio do site do Cremesp neste sábado (10/4). Em nota, a entidade afirmou que aguarda a publicação da medida no Diário Oficial da União e informou que as investigações sobre a conduta da médica tramitarão sob sigilo.
Durante a investigação, a médica não poderá atender pacientes e, ao fim do processo, ela pode ter o registro cassado. Procurada pelo G1, Caren não comentou a suspensão do Cremesp nem o teor das publicações.
Segundo a reportagem, a médica já havia sido suspensa por seis meses das atividades da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), que encaminhou o caso ao Cremesp e retirou o nome dela das listas oficiais de busca da SBCP.
O material exposto nas redes pela médica foi considerado antiético e sensacionalista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A cirurgiã segura um pedaço de pele, que chama de “troféu de hoje”, e sacos com gordura humana enquanto dança e dá risadas.
Caren tem 636 mil seguidores e 11 milhões de curtidas no TikTok. Como aponta a SBPC, a médica infringiu cinco artigos do regimento interno da entidade, que proíbem o compartilhamento de imagens de partes do corpo ou de pré ou pós-operatórios, mesmo com autorização expressa do paciente.
A entidade afirmou que a médica também desrespeitou artigos que proíbem o profissional de apresentar resultados de cirurgias ou se autopromover em meios de comunicação com objetivo de conquistar clientes.
A SBCP informou ao portal que a cirurgiã anunciou técnicas que supostamente lhe atribuem capacidade privilegiada na realização de determinados procedimentos cirúrgicos, o que também é vedado pelo regulamento interno da entidade.