Ciro Nogueira projeta Tarcísio em 2026, mas não descarta volta de Bolsonaro
Ex-aliado de Lula e atual fiel escudeiro de Bolsonaro, Ciro Nogueira ainda acredita na volta do ex-presidente. Veja a íntegra da entrevista
atualizado
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Aliado e fiel escudeiro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ainda sonha com a volta do antigo mandatário à Presidência da República. Em entrevista ao Metrópoles, o piauiense afirmou que, se for da vontade de Bolsonaro, ele estará pronto para fazer campanha. Por outro lado, o senador também projeta a ascensão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto.
Questionado sobre os desgastes políticos sofridos por Bolsonaro desde que perdeu as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro afirmou que os casos jurídicos que envolvem o ex-presidente deveriam ser tratados nas “pequenas causas”. Atualmente o ex-presidente é alvo de diversas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), correndo o risco de ser julgado inelegível. Entre os mais recentes casos, há suspeita de fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro.
“Se você comparar com os crimes que Bolsonaro está sendo acusado, ele fica nas pequenas causas e o Lula teria que estar no Supremo, olha a diferença. Eu não vou entrar no mérito se um é culpado ou inocente”, disse.
Veja:
“Eu não sei se ele [Bolsonaro] vai querer disputar novamente a Presidência, mas, por certo, ele é o nosso comandante. A pessoa que nós confiamos para tomar a decisão, se vai concorrer, ou se vamos apoiar um outro candidato. Se depender de mim, eu vou estar lá pegando cartaz com a bandeira dele [Bolsonaro]”, disse.
“Eu costumo dizer que política tem fila. Eu acho que, se Bolsonaro fizer um nome, [quem] está mais credenciado hoje é o governador de São Paulo. Tarcísio está fazendo um grande governo, com popularidade sem precedentes em São Paulo.”
Sem reaproximação com Lula
Em 2018, Ciro elegeu-se com a imagem do ex-presidente Lula, apoio ao PT no Piauí, estado ao qual pertencente, e críticas a Bolsonaro. Em 2020, o senador se aproximou do então presidente e decidiu romper com o partido que apoiara nas eleições. Com isso declarou oposição ao atual governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), e tem buscado, desde então, se fortalecer para concorrer ao Executivo do estado.
Ao Metrópoles o senador descartou as possibilidades de se reaproximar de Lula.
“Está descartada [a chance de reaproximação]. Eu tenho um carinho pelo presidente Lula. Eu acho que ele tem o mesmo carinho por mim, mas nós temos pensamentos completamente opostos de país, do que ele quer para o futuro. Eu tenho uma identificação total com o que pensa o presidente Bolsonaro no que diz respeito à gestão pública. Então, é impossível”, declarou.
Veja a íntegra da entrevista: