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Ciro Gomes xinga promotora e desperta a ira do Ministério Público

Sem saber que se tratava de uma mulher, pré-candidato chamou de “filho da p…” a responsável por abertura do inquérito contra ele

atualizado

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Em ambiente interno, Ciro Gomes aparece de camisa social azul clara, com expressão neutra - Metrópoles
1 de 1 Em ambiente interno, Ciro Gomes aparece de camisa social azul clara, com expressão neutra - Metrópoles - Foto: Twitter/Reprodução

O pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) foi questionado na noite de terça-feira (17/7) sobre a declaração em que chamou de “filho da p…” a promotora responsável por abrir a investigação contra ele sobre suposta injúria racial.

Durante debate na sede da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na capital paulista, o pedetista criticou a abertura do inquérito. “Um promotor aqui de São Paulo agora resolveu me processar por injúria racial. E pronto, um filho da p… desse faz isso”, afirmou. Na verdade, a responsável pelo caso é uma promotora.

“Num ambiente democrático ele pode defender o que quiser e eu posso criticá-lo. Eles me chamam de coronel todo dia por quê? Porque sou nordestino. E eu vou judicializar isso? Me deixe cuidar da política e o MP, por favor, vá cuidar das facções criminosas aqui em São Paulo, e não dessas baboseiras da política. Quer aparecer, por favor, bote uma melancia no pescoço”, frisou.

Nesta quarta-feira (18/7), o MP-SP divulgou nota defendendo a prerrogativa da instituição de investigar o caso e afirmou que “os termos com os quais o investigado referiu-se à promotora são completamente inapropriados”. “Compete ao conjunto dos promotores de Justiça, nos termos do artigo 127 da Carta Magna, defender a ordem jurídica e o regime democrático. E esse trabalho continuará sendo feito com a mais absoluta serenidade, levando-se em conta rigorosos parâmetros de profissionalismo, técnica e impessoalidade”, diz a nota.

“Capitão do mato”
O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, negou nesta quarta-feira (18/7), que tenha praticado racismo ao chamar de “capitãozinho do mato” o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

A negativa acontece dois dias depois de o Ministério Público de São Paulo (MPSP) determinar abertura de inquérito para investigar o presidenciável por injúria racial. À Rádio Bandeirantes esta manhã, o ex-governador do Ceará diz ter feito a alusão “defendendo os negros”. “Capitão do mato é aquele que se presta ao serviço de perseguir os negros. Este jovem entrou na política dizendo que ia acabar com as cotas, com o dia da consciência negra. Todas as entidades defensoras da questões raciais chamam ele de capitão do mato”, criticou.

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