Ciro Gomes pede a Lula para seguir “exemplo de Cristina Kirchner”
Em 2019, a ex-presidente da Argentina abriu mão de encabeçar uma chapa para ser a vice de Alberto Fernández, que acabou sendo eleito
atualizado
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Para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-presidente Lula (PT) deve ter generosidade e se espelhar no exemplo da argentina Cristina Kirchner, que em 2019 concorreu como vice-presidente na chapa vencedora liderada por Alberto Fernández, e não no do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e do ex-presidente boliviano Evo Morales. A fala do pedetista foi feita, nesta segunda-feira (5/4), durante um webinar organizado pela Central dos Sindicatos.
Na ocasião, Ciro disse: “A gente devia pedir generosidade a quem já teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira, mas a gente devia pedir a ele que se compenetrasse e que não imitasse o exemplo desastrado do Maduro na Venezuela ou o exemplo desastrado do Evo Morales na Bolívia. E que olhasse o que a Cristina Kirchner fez na Argentina, em que, tendo uma força grande, deu um passo pra trás e ajudou a Argentina a se reconciliar”.
No evento realizado nesta segunda-feira, o pedetista ainda avaliou que casos de corrupção que marcaram as gestões do PT podem tirar sua força eleitoral numa disputa pela presidência. “É fazer de novo a campanha antipetista em cima dos exemplos”, seguiu.
Ciro ainda afirmou: “Imaginem vocês uma campanha em 2022, o Bolsonaro querendo se recuperar da impopularidade, a lembrar da esculhambação do Palocci, a esculhambação do Zé Dirceu, a esculhambação não sei de quem. Eu não digo nem que seja verdade ou que seja mentira, eu estou dizendo é o que eu estou vendo pela minha experiência”.
Para o pedetista, sobre as eleições de 2022, além “da derrota de Bolsonaro, outra tarefa mais difícil e que pede muita reconciliação de todos nós é botar uma coisa nova no lugar, nesse ambiente de terra arrasada em que nós estamos”.
“Até porque a direita brasileira vai largar o Bolsonaro ao mar e vai tentar se reciclar aí com uma carinha qualquer, vão fazer a propaganda igual. E isso o Brasil não aguenta mais”, finalizou.