Ciro Gomes entra com notícia-crime no STF contra Bolsonaro e Mendonça
O presidente da República e o ministro da Justiça são acusados de crime de advocacia administrativa
atualizado
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Ciro Gomes, ex-presidenciável e ex-governador do Ceará, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu ministro da Justiça, André Mendonça. Junto ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), o político alega que ambos praticaram crime de advocacia administrativa.
Em 19 de março, Ciro Gomes virou alvo da Polícia Federal após criticar, em uma entrevista à Rádio Tupinambá, em Sobral (CE), ações de Bolsonaro. Nos autos do processo, o pedetista cita a investigação e afirma que o ministro e o presidente “utilizam-se dos cargos que ocupam para a consecução de interesses privados”:
“No caso em apreço, tanto o Presidente da República quanto o ministro da Justiça e Segurança Pública utilizam-se dos cargos que ocupam para a consecução de interesses privados” “[…] Há, portanto, evidente utilização da máquina pública, com a violação dos princípios norteadores da Administração Pública, descritos no art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988”.
Investigação da Polícia Federal contra Ciro Gomes
Ciro virou alvo de Bolsonaro porque, em entrevista à Rádio Tupinambá, de Sobral (CE), em novembro do ano passado, disse que tinha “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do país e seu desrespeito à saúde pública”.
No Twitter, Ciro minimizou o processo, mas fez um alerta: “Particularmente não ligo para esse ato contra mim, mas considero grave a tentativa de Bolsonaro de intimidar opositores e adversários”.