Ciro Gomes anuncia retomada de pré-candidatura à Presidência
Em entrevista à CNN Brasil, Ciro afirmou que está de volta “reforçado pelo gesto generoso e corajoso” dos seus colegas de partido
atualizado
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Ciro Gomes (PDT) anunciou, em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (10/11), a retomada da sua pré-candidatura à Presidência da República em 2022. Ciro deixou a candidatura suspensa após 15 dos 24 integrantes da bancada do partido na Câmara votarem a favor da PEC dos Precatórios no primeiro turno da votação, em 4 de novembro.
“Estou de volta, sim, [com a minha candidatura] reforçado pelo gesto generoso e corajoso dos meus companheiros de partido”, afirmou Ciro.
O pré-candidato ainda criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e acusou o governo do militar de ser “corrupto, genocida e incompetente”. Ciro também disparou críticas à filiação de Sérgio Moro ao Podemos na manhã desta quarta-feira: “Ele agora, disfarçado de político, quer resolver a sua contradição”.
Nesta semana, o pedetista utilizou seu perfil do Twitter para criticar o seu partido em relação aos votos na PEC dos Precatórios. Ele afirmou que o PDT não pode “compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”.
“Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, escreveu.
Auxílio Brasil
A PEC é considerada por opositores uma forma de “calote” do governo em credores, uma vez que posterga o pagamento das requisições que são asseguradas pela Justiça. Já governistas veem a proposta como a melhor alternativa para viabilizar a criação do Auxílio Brasil, programa social que deve substituir o Bolsa Família.
O governo, por sua vez, pressiona pela aprovação da matéria no Parlamento, em razão de entender a PEC como melhor alternativa a fim de viabilizar a criação do novo programa social.
A necessidade de abrir espaço no Orçamento 2022 para o novo programa decorre da vontade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em ampliar o valor pago aos beneficiários, chegando a R$ 400. Ocorre, no entanto, que o montante a ser despendido no pagamento das parcelas do auxílio às famílias pode vir a ultrapassar o limite do teto de gastos.