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Ciro diz não considerar “provável” vice do União Brasil ou do PSD

Na UnB, o candidato à Presidência da República Ciro Gomes afirmou esperar definição do próprio PDT para a escolha do cargo

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O candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, discursa na reunião da SBPC realizada na UnB - Metrópoles
1 de 1 O candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, discursa na reunião da SBPC realizada na UnB - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) discursou na manhã desta sexta-feira (29/7) durante a 74 Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade de Brasília (UnB).

Questionado por jornalistas sobre a escolha do vice, Ciro afirmou a decisão está a cargo da executiva nacional do PDT e que avalia opções dentro do próprio partido. “O União Brasil fala por um lado, o PSD fala por outro. Não considero provável, mas, humildemente, estou aguardando aquilo que pediram”, disse o candidato.

Outro ponto abordado pelo candidato à Presidência foi a estagnação frente às pesquisas eleitorais. No levantamento do Datafolha divulgado nessa quinta-feira (28/7), Ciro manteve os 8% da última sondagem.

Ele aposta que a situação pode mudar a partir do início da campanha eleitoral, no próximo 16 de agosto. De acordo com o pedetista, a estratégia será mirar nos 54% do eleitorado de Lula e Bolsonaro que ainda consideram mudar o voto.

“Eu vou mostrar [para o eleitor do Lula] que vou derrotar o Brasil do Bolsonaro já no primeiro turno”, disse. “Quando o eleitor vir onde eu estou, sem ter que explicar corrupção, sem ter que explicar crise econômica, Renan Calheiros, Eunício Oliveira, essa roubalheira toda que o Lula promoveu no Brasil, você vai ver o que vai acontecer na campanha”, projetou.

Por outro lado, ele também aposta na virada do eleitor que vota em Bolsonaro para barrar a vitória do petista. “Eu sou o única cara que tem condições de derrotar o Lula no segundo turno.”

SPBC

O encontro de Ciro no SPBC marcou a entrega do Projeto Brasil Novo, elaborado por especialistas com propostas de políticas públicas em diferentes áreas para a próxima gestão. Na abertura do evento, o presidente da sociedade e ex-ministro Renato Janine Ribeiro evento ressaltou os principais pontos do documento, entre eles, a defesa da democracia, a volta do investimento em educação e a autonomia das universidades.

Em seguida, a reitora da UnB Márcia Abrahão destacou a atuação das instituições de ensino no combate à pandemia de Covid-19 e reiterou a importância da democracia e pediu pelo fim da lista tríplice na eleição de reitores, em nome da independência universitária. “Nós, da UnB, desde a redemocratização, sempre abrimos a universidade para as discussões politicas”, disse.

“Uma universidade que sofreu muito durante a ditadura militar, perdemos muitos professores. Para nós, um principio fundamental é o da democracia e queremos assegurar também a autonomia na gestão das universidades”, finalizou.

“Delírio golpista”

Durante o evento, Ciro Gomes classificou a situação atual do país como a “mais grave crise da história”. “O Brasil está vivendo hoje a mais grave crise da sua história. Nossa história é de violência, genocídio e gravíssima instabilidade institucional”, afirmou em discurso à comunidade acadêmica.

Em relação às eleições, apesar dos constantes ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas, Ciro desconsiderou a possibilidade de interferência no pleito e afirmou que o presidente tem “delírio golpista”. “Não acontecerá, mas na cabeça dele há um delírio golpista.”

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O presidenciável também defendeu que o modelo econômico, adotado no país desde o governo Fernando Henrique e, segundo ele, mantido nas gestões dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e agora com Bolsonaro, é a razão para a estagnação no crescimento econômico.

“O Brasil precisa discutir finalmente, de forma imediata, um modelo econômico. Essa é a razão pela qual eu tento pela quarta vez ser presidente do Brasil”, disse.

Última eleição

Ciro prosseguiu dizendo que esta pode ser sua última eleição como candidato à Presidência. “Dessa vez, chega. Se eu não ganho agora, eu coloco minha viola no saco. Porque também eu viro um grilo falante, um chato, um destemperado, porque falo em números”, brincou.

“Eu vou morrer brigando pelo Brasil. Eu apenas acho que tenho que me compenetrar de que quatro vezes candidato e não ser escolhido, talvez não seja meu destino”, concluiu o pedetista.

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