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Cinco vítimas de ataque no Espírito Santo seguem internadas em estado grave

Três mulheres e duas crianças ainda em estado grave foram vítimas de atirador de 16 anos em duas escolas do Espírito Santo. Três morreram

atualizado

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Ambulância e mãe de aluno é vistos na escola após jovem invadir e atirar contra alunos - Metrópoles
1 de 1 Ambulância e mãe de aluno é vistos na escola após jovem invadir e atirar contra alunos - Metrópoles - Foto: Reprodução/Rede social

Cinco pessoas — três mulheres e duas crianças — seguem internadas em estado grave na rede pública de saúde da Grande Vitória, no Espírito Santo. Elas são vítimas de atentado cometido por um adolescente de 16 anos em duas escolas de Aracruz, município do estado. Três pessoas morreram, sendo duas professoras e uma estudante, de 12.

O jovem disparou contra estudantes e professores em colégios do bairro Coqueiral, em Aracruz, no litoral norte, nessa sexta-feira (25/11). Três pessoas morreram na hora e outras 13 ficaram feridas. Entre elas sete receberam alta. Seis seguem no hospital, sendo cinco em estado grave, segundo informações do jornal Folha de Vitória.

Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na manhã deste sábado (26/11), informou que dois alunos estão em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Infantil de Vitória: um menino, de 11 anos, atingido no abdômen e que passou por cirurgia; e uma garota, de 14, que está entubada, após ter sido atingida no crânio.

No Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, três professoras seguem internadas na UTI após passarem por cirurgias.

Mortos

As três pessoas que morreram no ataque, duas professoras e uma menina de 12 anos, começaram a ter os corpos velados na manhã deste sábado (26/11).

As vítimas foram assassinadas pelo atirador de 16 anos, apreendido pela polícia. Com a arma do pai, roupa de militar e um bracelete com a suástica, símbolo do nazismo, o menino invadiu as escolas na sexta (25/11).

Os corpos da estudante de 12 anos e das professoras são velados na capela mortuária de Coqueiral. De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, as três vítimas mortas são as professoras Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos; Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48; e a estudante Selena Sagrillo Zucoloto, 12.

Veja:

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Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino
A estudante Selena Sagrillo Zucoloto, que morreu no ataque, era aluna do 6º ano no Centro Educacional Praia de Coqueiral
As professoras Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos, e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48, além da estudante Selena Sagrillo Zucoloto, 12
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Cybelle Passos Bezerra Lara era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti

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Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino

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A estudante Selena Sagrillo Zucoloto, que morreu no ataque, era aluna do 6º ano no Centro Educacional Praia de Coqueiral

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As professoras Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos, e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48, além da estudante Selena Sagrillo Zucoloto, 12

Instagram/Montagem Folha Vitória

A Secretaria de Estado de Educação (Sedu) informou que Cybelle era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e servidora efetiva desde setembro de 2018.

Maria da Penha dava aula de artes e trabalhava na mesma escola, sob contrato de designação temporária, desde março deste ano, segundo informações do jornal Folha Vitória.

Elas estavam na sala dos professores durante o intervalo quando o adolescente invadiu o local e atirou.

Em seguida, o adolescente armado seguiu em direção à escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica a 700m do colégio público. Lá, ele começou a atirar pelos corredores e salas e atingiu a estudante Selena Sagrillo, aluna do sexto ano do ensino fundamental. Ela acabou morrendo. As aulas foram suspensas em Aracruz.

Armas e símbolo nazista

O jovem responsável pelo ataque às duas escolas tem 16 anos e usou a arma do pai, um policial militar, uma pistola .40. Ele também portava um revólver calibre .38 e usou o carro do pai para chegar e sair dos locais, sempre com a placa tampada.

Primeiro, o adolescente invadiu a EEFM Primo Bitti, da qual era aluno no turno vespertino até junho deste ano, e a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, antes conhecida como Colégio Darwin.

Veja o momento do ataque:

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Atirador de Aracruz (ES) percorre corredores atrás de vítimas
Em diversos momentos, ele aponta a arma para várias direções
Momento em que atirador sai da escola no ES
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O suspeito entra em escola no Espírito Santo após quebrar um cadeado

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Atirador de Aracruz (ES) percorre corredores atrás de vítimas

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Em diversos momentos, ele aponta a arma para várias direções

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Momento em que atirador sai da escola no ES

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Câmeras de segurança flagraram o momento em que o atirador entra em uma das escolas, com um brasão vermelho em um dos braços. O governador do estado, Renato Casagrande, confirmou se tratar de um símbolo nazista. O adolescente fazia tratamento psiquiátrico, mas não se sabe se usava medicamentos.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) informou neste sábado (26/11) que o adolescente apreendido responderá por ato infracional análogo aos crimes de 10 tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigoso comum e com impossibilidade de defesa da vítima, além de três homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima.

O adolescente foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica, na Grande Vitória. As armas foram encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística – Balística da PCES, assim como a munição. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Ataque planejado

O atentado foi planejado por, pelo menos, dois anos. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, Darey Arruda, afirmou que o suspeito não tinha alvo definido. “Essas pessoas costumam ficar isoladas e se juntar a grupos extremistas”, explicou.

Após o ataque, ele voltou para a casa, deixou o veículo e saiu. Ele foi encontrado em uma outra casa da família, no mesmo município. “Ele confessou o crime à Polícia Civil, mostrou as roupas, as armas e como tudo foi feito”, afirmou o superintendente João Francisco Filho.

Segundo as autoridades, o jovem ficou calmo durante todo o processo. Os pais, em contrapartida, “estavam destruídos” e colaboraram com a corporação.

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