Cinco se tornam réus por matar vigilante penitenciário e esposa em GO
Vítimas foram executadas com vários tiros quando servidor voltava de um plantão do maior presídio do estado
atualizado
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Goiânia – O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) contra cinco pessoas pelas mortes do vigilante penitenciário Elias de Souza Silva, de 38 anos, e sua esposa, Ana Paula Silva Dutra.
O casal foi executado a tiros, quando Elias voltava de um plantão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia na manhã de 18 de fevereiro de 2021. Ana Paula dirigia o carro, que foi atacado pelos bandidos. Um dia após o crime, uma ala do presídio foi palco de um motim, transmitido ao vivo pelo celular de um preso.
Segundo as investigações, o detento Bruno da Conceição Pinheiro, apelidado de Urso, teria determinado as mortes de dentro da cadeia. Ele usou um celular para arquitetar o crime, que teria sido motivado por supostos maus-tratos na prisão, segundo relatório da Polícia Civil.
De acordo com o processo, os criminosos responsáveis pela execução são os seguintes: Paulo Henrique da Silva Vieira, o Cabeça, Ronan Lima Martins, o Bigode, Walison Ferreira Berto, o Dióclin, e Alex de Souza Rodrigues
Fuga para o Rio
Os cinco réus estão agora presos preventivamente, conforme decisão do juiz Leonardo Fleury. Todos eles seriam integrantes da facção carioca Comando Vermelho (CV) e chegaram a se esconder na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, logo após a morte do casal.
Poucas semanas antes de ser morto, o vigilante penitenciário Elias de Souza chegou a recusar um suborno e barrar um motim. No entanto, de acordo com as investigações, a ordem de Urso era para matar um servidor de forma aleatória.
Os bandidos usaram um Sandero roubado com placa adulterada para cometer o crime. Após os primeiros disparos, Ana Paula ainda conseguiu dirigir o carro por 1,2 km, mas os bandidos a alcançaram e deram mais tiros. A vítima perdeu o controle e bateu em outro veículo.
Três criminosos que roubaram esse Sandero foram localizados pela Polícia Militar de Goiás. Dois deles foram mortos em tiroteio com os policiais horas após a morte do casal. O ladrão sobrevivente só teve participação no roubo e não nos homicídios, segundo o processo.
O Metrópoles tenta localizar a defesa dos cinco réus. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado.