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Cinco maiores capitais registram menor número de mortes por Covid desde fevereiro

São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Salvador e Fortaleza apresentaram queda no total de óbitos por Covid-19 em julho

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1 de 1 movimento hospital pacientes covid sao paulo 2 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O número mensal de mortes provocadas pela Covid-19 nas cinco maiores capitais no mês passado foi o menor desde fevereiro deste ano. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Salvador e Fortaleza – cidades com as maiores populações do país –, o somatório de óbitos provocados pela pandemia em julho apresentou grande queda em relação aos meses anteriores.

Líder do ranking, Salvador documentou redução de 62,6% nas mortes do mês passado. Foram 785 óbitos em junho, contra 293 em julho. A capital baiana apresentou melhora nesse cenário logo após ter registrado aumento considerável no total de falecimentos no sexto mês deste ano, interrompendo a trajetória descendente da curva de mortes pelo coronavírus.

O segundo lugar é de Fortaleza, que vem computando números menores desde abril deste ano. A cidade teve redução de 61,5% nos óbitos.

Todas as outras capitais também apresentam quedas nos falecimentos mês a mês. São Paulo teve redução de 27,9%, Rio de Janeiro, de 29,1%, e o Distrito Federal registrou diminuição de 30,5% nos óbitos em julho.

Os dados são do Portal COVID-19 Brasil, mantido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo e foram analisados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

As quedas vistas nas capitais são reflexo do avanço da vacinação em todo o país. Na última quarta-feira (11/8), o Metrópoles mostrou como as mortes entre as pessoas de 50 a 59 anos vêm diminuindo no território nacional. Essa faixa etária é a que registra mais vítimas pela Covid-19 no Brasil.

“O que nos observamos é que o número de óbitos tem tido queda sustentada faz algumas semanas. E claramente isso é reflexo da vacinação no país”, frisa o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro. Mesmo diante desse panorama, o profissional faz um alerta: “Vale salientar, entretanto, que ainda estamos sob o risco da variante Delta, e que não temos ainda o conhecimento total de como ela vem se expandindo no país, já que não realizamos o mapeamento de todos os casos positivos”.

A variante Delta, encontrada inicialmente na Índia, é até 100% mais transmissível do que a cepa original do novo coronavírus, verificada na China, e 30% a mais do que a variante Gamma, identificada em Manaus. Isso explica porque ela vem se espalhando rapidamente.

Só na cidade de São Paulo, o total de casos confirmados da nova cepa cresceu 60% nas últimas 24 horas. Atualmente, o município possui 149 pacientes diagnosticados com a nova variante do vírus.

“Portanto, fica aqui um apelo: todas as pessoas que têm a oportunidade de tomar sua vacina devem ir tomar. E aqueles com alguma dose ou completamente vacinados também devem continuar as medidas sanitárias preventivas”, alerta Ribeiro.

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