Cinco anos após incêndio, Museu da Língua Portuguesa reabrirá em julho
O local será reinaugurado com adaptações tecnológicas por meio do comando de voz para que o expectador não toque as obras
atualizado
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São Paulo – O Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, no centro de São Paulo, reabrirá as portas mais de cinco anos depois de um incêndio. O espaço será reinaugurado em 17 de julho.
Com a pandemia da Covid-19, o museu foi readaptado para receber exposições mais tecnológicas por meio de comando de voz. Dessa maneira, o espectador poderá ter acesso às obras, porém, sem tocá-las, como antigamente.
Na programação, destaque para as exposições Línguas do Mundo, que mostra 20 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; Falares, com os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e Nós da Língua Portuguesa, que apresenta a língua portuguesa no mundo, com laços, embaraços e diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ainda, o Museu da Língua Portuguesa manterá as principais experiências, como a instalação Palavras Cruzadas, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil, e a Praça da Língua, espécie de planetário do idioma, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.
A reconstrução do espaço foi iniciada em março de 2017, durou mais de três anos e foi entregue em dezembro de 2019. A recuperação uniu as iniciativas pública e privada, em um convênio do governo do estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, EDP, Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp como patrocinadores.
No total, R$ 84 milhões foram investidos para recuperar o Museu da Língua Portuguesa.
O incêndio no museu
Aberto em 2006, o Museu da Língua Portuguesa foi atingido por um incêndio, em 21 de dezembro de 2015, que destruiu parcialmente as estruturas do local. As chamas atingiram toda a Ala Leste, da Avenida Tiradentes até a torre, parte que havia sofrido com a mesma ocorrência em 1946.
No entanto, a Ala Oeste, da torre à Rua José Paulino, não foi atingida e se mantém original desde 1901. Quatro anos depois, o inquérito do caso concluiu que o fogo aconteceu por causa de um curto-circuito no edifício. O bombeiro Ronaldo Pereira morreu no combate às chamas.