Cinco acusados de financiar atos golpistas foram candidatos
Entre os nomes acusados de financiar os atos golpistas, consta um vereador do município paulista de São Pedro
atualizado
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Entre os acusados pela Advocacia-Geral da União (AGU) de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro, constam os nomes de cinco candidatos nas últimas três eleições.
O vereador de São Pedro (SP) Carlos Eduardo Oliveira (PL), conhecido como Dú Sorocaba, aparece na relação de nomes apresentados à Justiça. Ele concorreu ao cargo nas últimas três eleições, vencendo em todas as ocasiões.
Há ainda dois candidatos que, apesar de não terem sido eleitos, garantiram a suplência ao cargo de vereador em 2020. Anderson Luis de Oliveira concorreu pelo Partido Social Libera (PSL) à Câmara Municipal de Frutal (MG), enquanto Marlon Diego de Oliveira (PP) tentou uma vaga de vereador no município de Tupã (SP).
As informações foram obtidas por meio de levantamento do Metrópoles. A reportagem cruzou a lista apresentada pela AGU à Justiça com as bases de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes às eleições de 2018, 2020 e 2022.
A ex-candidata Josiany Duque Gomes Simas pleiteou a cadeira de deputada federal nas duas últimas eleições gerais, ou seja, em 2018 e 2022. Na primeira tentativa, concorreu pelo Partido Pátria Livre (PPL), enquanto na segunda disputou pelo Patriota. Em ambos os casos, porém, não conseguiu se eleger.
Pablo Henrique da Silva Santos (Avante) chegou a registrar candidatura para uma vaga de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Contudo, foi barrado por ter pendências eleitorais e não ser filiado a um partido político.
O pedido da AGU
O pedido apresentado pela AGU nesta segunda-feira (13) requer à Justiça a condenação de 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato por financiamento de ônibus para os atos antidemocráticos. O órgão quer que os envolvidos sejam condenados a ressarcir R$ 20,7 milhões ao erário.
A peça da AGU lembra que o montante de R$ 20,7 milhões é baseado em cálculos de prejuízos efetuados por órgãos como Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Em 8 de janeiro, atos golpistas promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com os resultados das eleições tomaram a Esplanada dos Ministérios. Extremistas invadiram os prédios dos Três Poderes e destruíram vidraças, mobílias e obras de arte.