Cilada: 40% das mulheres já foram alvos de golpe em apps de paquera
Dados do levantamento Golpe Amoroso Digital mostram que aplicativos de relacionamento estão se tornando terreno fértil para golpes no Brasil
atualizado
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Uma pesquisa divulgada nessa sexta-feira (17/6) mostrou que aplicativos e sites de relacionamento estão se tornando terreno fértil para golpes no Brasil. Quatro em cada 10 mulheres já viram as borboletas no estômago morrerem após serem impactadas por ações de golpistas em apps de paquera.
Os dados do levantamento Golpe Amoroso Digital, conduzido pela Hibou Pesquisas, ainda mostram que 22% das mulheres conhecem alguém que foi abordada por golpistas em aplicativos. Das entrevistadas, 9% afirmam que já passaram pela tentativa de golpe, mas perceberam na hora. Já 7% afirmam ter tido contato com golpistas via apps, mas só perceberam depois da interação.
Estelionato sentimental
Os golpes mais comuns praticados em aplicativos de relacionamento são, disparadamente, de origem financeira. Segundo o levantamento, 53% das vítimas afirmam que o golpista pediu dinheiro emprestado ou ajuda para pagar contas.
Entre aquelas que chegaram a sofrer perdas financeiras por golpes em aplicativos de relacionamento, 12% perderam R$ 5 mil ou mais; 20% perderam entre R$ 500 e R$ 2 mil; 10% até R$ 500; Já 3% perderam entre R$ 2 mil a R$ 5 mil.
Não era amor, era cilada
Dados da pesquisa ainda mostram que, além do prejuízo financeiro, 38% das mulheres que já foram vítimas de golpes em apps afirmam que sua visão sobre conhecer pessoas pela internet mudou.
Depois do trauma, 29% chegaram a desistir de usar aplicativos e sites de relacionamento, enquanto 14% desistiram de procurar uma nova pessoa para se relacionar. A mesma porcentagem de entrevistadas afirmam ter mudado sua perspectiva sobre conhecer novas pessoas e 10% relatam ter passado por depressão após serem enganadas por golpistas.
O levantamento faz parte do projeto Era Golpe, Não Amor, que visa dar apoio a vítimas de golpes financeiros em relações amorosas. A pesquisa ouviu mais de 1200 mulheres sobre o assunto, em março deste ano, e foi elaborada com base em respostas das entrevistadas.
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