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Cientistas encontram primeiro ninhal de dinossauros no Brasil

Pesquisadores brasileiros e argentinos estudaram 20 ovos que estavam em mina de calcário desativada na zona rural de Uberaba (MG)

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Júlia d’Oliveira/UFTM
Cientistas encontram primeiro ninhal de dinossauros no Brasil em MG (3)
1 de 1 Cientistas encontram primeiro ninhal de dinossauros no Brasil em MG (3) - Foto: Júlia d’Oliveira/UFTM

Cientistas encontraram o primeiro ninhal de dinossauros em território brasileiro, onde fêmeas dos dinossauros herbívoros conhecidos como titanossauros tinham filhotes há 80 milhões de anos. Os pesquisadores encontraram 20 ovos numa mina de calcário desativada na zona rural de Uberaba (MG).

O achado foi publicado no periódico especializado Scientific Reports, do grupo Nature, na quinta-feira (24/3). Até agora, só haviam sido recuperados no Brasil alguns ovos isolados, fazendo desse o primeiro sítio de nidificação de dinossauros encontrado no país.

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O pesquisador João Ismael, da Fundação Cultural de Uberaba, preparando ninhada
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Ovos do achado em Ponte Alta

Divulgação
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O pesquisador João Ismael, da Fundação Cultural de Uberaba, preparando ninhada

Divulgação

A partir de características das cascas e das associações de ovos, de aproximadamente 12 cm de diâmetro, foi possível comparar com fósseis de outros locais do mundo, principalmente da Argentina. Isso permitiu identificar que os dinossauros que botaram esses ovos pertencem ao grupo dos titanossauros.

Os ovos encontrados foram submetidos a exames de tomografia computadorizada, mas não foram achados vestígios de embriões dentro deles. Segundo o estudo, os ovos estavam juntos, no que parece ter sido a ninhada original.

O primeiro fóssil de Uberaba foi formalmente descrito em 1951: um ovo esférico atribuído a um dinossauro titanossauro. Esse primeiro achado alavancou as pesquisas paleontológicas no município, que vieram a torná-lo uma referência internacional no estudo de vertebrados fósseis do Período Cretáceo.

Estiveram diretamente envolvidos nas pesquisas desse achado o geólogo da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Luiz Carlos Borges Ribeiro, e o professor do Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação (Icene/UFTM), Thiago da Silva Marinho, além de representantes do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas argentino (Conicet), da Fundação Cultural da Prefeitura Municipal de Uberaba, do Instituto de Biología de la Conservación y Paleobiología (Ibicopa), da Unicamp, da USP, da Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e da Escola Estadual Presidente João Pinheiro.

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