TVs com pontos quânticos: a aposta para a próxima geração de TVs
Tecnologia de nanocristais entrega cores realistas e imagens com mais brilho
atualizado
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Depois do plasma, LCD, LED e Oled, uma nova tecnologia promete mexer com o mercado de televisores. Com nome diferente, mas com desempenho surpreendente, uma nova solução baseada em pontos quânticos tem tudo para conquistar os consumidores nos próximos anos.
Minúsculos cristais que medem cerca de 10 mil vezes menos que a espessura de um fio de cabelo, os pontos quânticos substituem a iluminação feita a partir de LEDs por luzes, digamos, “mais puras”. Isso porque, as TVs de cristal líquido utilizam LEDs que fornecem luz branca para iluminar a tela. O problema é que essa luz é “poluída” com frequências de outras cores, o que acaba interferindo — mesmo que de forma pequena — na qualidade de imagem exibida. Os nanocristais, por sua vez, usam um semicondutor que criam uma luz mais pura. O resultado são cores mais nítidas e reais.
As telas de pontos quânticos transmitem 64 vezes mais cores e 10 vezes mais brilho que os modelos convencionais
gerente de produto da área de TV da Samsung, João Resende
A Samsung é uma das fabricantes que aposta na novidade para ampliar as vendas. A marca sul-coreana comercializa no Brasil nove modelos de TVs com pontos quânticos de tamanhos que variam de 50 a 88 polegadas. “Os televisores com essa tecnologia são a evolução natural do mercado. Com o aumento da demanda elas começam a ficar mais competitivas. Já existem equipamentos de 55 polegadas que custam R$ 4,5 mil”, diz. Marcas como Sony e LG também apostam na tecnologia.
Eficiência e resistência
Além disso, as telas iluminadas com pontos quânticos são até 50% mais eficientes em termos de consumo de energia do que as que funcionam com LCD, por exemplo. Isso porque ela não precisa de uma luz ligada constantemente. Cada pixel iluminado pelo nanocristal só é realmente ligado quando necessário.
Por conta disso, a tendência é de que esses cristais não sofram desgaste com o passar do tempo, permitindo que as telas apresentem a mesma qualidade de cor mesmo depois de anos. As TVs de Oled, por outro lado, utilizam hidrocarbonetos que sofrem deterioração com o uso contínuo e podem perder potência depois de um longo período de utilização.
Outra vantagem é que essa tecnologia pode ser adaptada nos processos de fabricação atual sem comprometer as espessuras dos equipamento. Ou seja, para ter uma TV como essas em casa, capazes de reproduzir imagens hiperrealistas, não precisamos abrir mão do design.
A solubilidade e resistência encontradas nos nanocristais também permitem desenvolver displays bastante flexíveis para que a tecnologia seja aplicada em telas maiores. No mercado já é possível encontrar modelos de TVs com pontos quânticos de até 105 polegadas.