Review DJI Phantom 4: O drone “antibatida” para o consumidor comum
Com tecnologia de ponta, equipamento reconhece obstáculos e facilita a vida dos usuários amadores. Nova geração conta com câmera que filma em 4K e sistema de rastreamento de pessoas
atualizado
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Com a chegada de uma nova geração de drones voltada para atender todos os tipos de usuários, de domésticos a profissionais, o céu deixou de ser o limite para uma série de atividades, embarcando de vez no cotidiano de inúmeros ramos profissionais. Não é raro vermos os equipamentos sendo utilizados, por exemplo, para filmar eventos, fiscalizar trânsito, reforçar ações de segurança, auxiliar obras de engenharia e até na agricultura. Um dos principais responsáveis pela popularização dos aparelhos voadores atende pelo nome de DJI. Com apenas 10 anos de existência, a companhia chinesa revolucionou o setor de tecnologia, despertando uma demanda até então inexpressiva e atiçando o desejo de milhões de consumidores.
Com a linha Phantom, a empresa faz com que os quadricópteros ultrapassassem os horizontes dos usuários profissionais e caíssem no gosto de amadores. Lançada em março, a 4ª geração da família traz excelentes melhorias e facilita ainda mais a vida de quem nunca pilotou um robozinho desses.
A principal novidade fica por conta do novo sistema anticolisão frontal, que minimiza muito os riscos de um acidente aéreo. Isso porque o modelo conta com dois sensores frontais que fazem a varredura do ambiente, reconhecendo paredes, árvores, postes ou qualquer objeto estático que estiver na linha de voo. Além disso, outros dois sensores localizados na parte de baixo do aparelho lê a altitude, auxiliando na descida e na detecção de terrenos irregulares. O recurso impossibilita, por exemplo, que se pouse na água. Dessa forma, a tecnologia faz com que a tarefa de guiar o drone se torne extremamente fácil, mesmo para pilotos de primeira viagem.
Por falar em operação do equipamento, tudo é feito de forma muito simples. Os comandos são acionados por meio de um controle de rádio frequência que funcionam como joysticks. A alavanca da esquerda permite subir, descer e girar o drone sobre o próprio eixo, enquanto a da direita permite ir para frente, trás, direita e esquerda, além de controlar e movimentar a lente da câmera central.
Toda configuração do equipamento e o uso dos novos recursos são feitos por meio de um smartphone ou tablet instalado com o aplicativo DJI GO. A partir dele o usuário também tem acesso a imagem da câmera e a todas as informações essenciais para a navegação como altitude, distância, capacidade de bateria, etc.
A partir da tela do dispositivo o usuário pode, por exemplo, experimentar o recurso “Tap Fly”, que permite sinalizar, sem a utilização dos joysticks, para qual direção você deseja movimentar o drone. Basta dar um toque no display para ele ir voando até a posição desejada. E o melhor: sem qualquer risco de se chocar com o que estiver na frente.
Já a função “ActiveTrack” é uma espécie de evolução das selfies. Isso porque a funcionalidade possibilita fazer com que o quadricóptero acompanhe uma pessoa ou objeto que esteja em movimento. Após ativar a função e selecionar o “alvo” na tela do dispositivo, o drone passa a segui-lo de forma automática. Durante os testes realizados pela reportagem do Metrópoles, o recurso funcionou sem problemas em locais abertos. No entanto, em ambientes com muitos obstáculos como árvores ou postes, o drone se mostrou muitas vezes confuso ao deparar-se com a presença desses objetos, detendo o voo por considerar o perigo de colisões durante o trajeto.
Outra novidade que mostra o alto nível de inteligência embutida no Phantom 4 é “Return To Home”, sistema de pouso automático sem intervenção humana. Antes de decolar, o GPS marca a localização inicial do drone como “home” e esse ponto passa a ser usado como referência em caso de acionamento do RTH ou da perda de sinal do aparelho. Basta dar um clique para que o equipamento comece, de forma segura, a volta ao local de decolagem. A solução minimiza riscos durante a aterrissagem e facilita a vida de amadores. No entanto, durante a avaliação o equipamento mostrou um pouco de imprecisão ao errar entre 5 e 10 metros o local de origem do voo. Porém, se a utilização do drone for em espaço amplo, não é nada que preocupe.
Imagens de primeira
Um avançado sistema de estabilização integrado funciona de forma inteligente, balanceando qualquer vibração e movimentos indesejados ocasionados por ventos, permitindo filmar de maneira fluida, mesmo durante manobras mais complexas. A câmera 4K grava vídeos em até 30 fps – sendo que em Full HD 1080p chega a 120 fps, ideal para tomadas em slow motion.
As lentes agora têm 36% menos distorção em relação à geração passada. Os ajustes da câmera é feito pelo aplicativo, possibilitando configurar ISO, modo de captura de foto, velocidade de disparo e até o formato dos arquivos enquanto o equipamento está voando.
A bateria de 5.350mah garante uma autonomia de voo de 28 minutos. Não é muito, então, planejamento é fundamental. Antes de colocar o quadricóptero no céu é importante definir, previamente, o que se pretende fazer com ele para não “gastar combustível” sem necessidade. Para dar uma carga completa na bateria, foi preciso deixá-la na tomada por aproximadamente duas horas.
O raio de alcance do rádio controle do Phantom 4 em um local aberto e longe de interferências é de 5 km. Porém, é recomendável não ultrapassar os limites do campo de visão do usuário. No modo esporte, alcança uma velocidade de até 72 km/h. Repleto de tecnologia e cheio de funcionalidades que deixam a tarefa de voar muito mais fácil, o novo modelo da DJI é a aposta certa para quem quer se aventurar no mundo dos drones. Porém, tanta modernidade cobra um preço: aproximadamente R$ 9 mil. Um valor bem salgado para tornar realidade o sonho de ver as coisas do alto.