Implementação da rede 5G poderá ter atraso de dois meses, diz Anatel
Inicialmente, o edital previa a disponibilização da rede 5G até 31 de julho. Contudo, a falta de semicondutores poderá adiar o processo
atualizado
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O Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz (Gaispi), que coordena a implantação da internet 5G no país, aprovou, nesta quarta-feira (11/5), a proposta de prazo adicional de 60 dias para a disponibilização da tecnologia em todas as capitais brasileiras. O pedido ainda será avaliado pelo conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As informações são do G1.
Segundo nota divulgada pela Anatel, o Gaispi solicitou o adiamento diante da falta de equipamentos para fazer a “limpeza da faixa” de 3,5GHz, que será usada pelo 5G.
“A motivação técnica para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original. A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, relatou a Anatel, em nota.
O Gaispi afirma que a proposta não representa, necessariamente, o adiamento do 5G, mas, sim, a concessão de prazo adicional para cumprimento das obrigações necessárias à ativação da tecnologia.
Isso porque, nas capitais onde já houver condições técnicas, o sinal poderá ser disponibilizado antes. O edital já previa a possibilidade de adiamento em 60 dias do prazo máximo de início da tecnologia.
O edital do leilão do 5G previa a disponibilização do sistema em todas as capitais brasileiras até 31 de julho. Caso a proposta do Gaispi seja aprovada pela Anatel, o prazo passará para 29 de setembro deste ano. A implementação nas demais cidades irá ocorrer de forma gradual até 2029.
Antecipação
“O grupo aprovou, ainda, que a proposta deverá prever a possibilidade de antecipação da liberação do uso de faixa em determinadas áreas de prestação, conforme avaliação a ser realizada pela EAF e aprovada pelo Gaispi, mediante comunicação ao conselho diretor”, ressalta a Anatel.
O Gaispi foi criado pela própria Anatel e conta com a participação de representantes do Ministério das Comunicações e das empresas vencedoras do leilão.
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