Pesquisadores dizem que lixo espacial achado no PR pode ser da SpaceX
A Agência Espacial Brasileira atestou que o objeto encontrado na cidade de São Mateus do Sul já esteve em órbita
atualizado
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Há “enorme possibilidade” de o lixo espacial que caiu no interior do Paraná ser parte do foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk. É o que dizem pesquisadores da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).
A peça encontrada no Paraná foi verificada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), que atestou que o fragmento já esteve em órbita.
Os especialistas da Bramon afirmam que o objeto metálico deve ser parte de um dos motores da segunda etapa do foguete da SpaceX. Em análise do objeto de 4 metros de comprimento, viram semelhanças entre a peça achada e a tubeira do motor Merlin 1D do foguete Falcon 9.
A solda e os buracos dos rebites do fragmento caído são semelhantes aos mostrados nas imagens da nave oficial. O tamanho das partes também parece compatível. A nave foi lançada em 2015, mas não conseguiu retornar à Terra, por falta de combustível, e ficou no espaço.
Ocorre que a cidade de São Mateus do Sul (PR), onde o lixo espacial caiu, está “praticamente abaixo da trajetória da reentrada” do foguete que foi visto uma semana antes do mecânico João Ricardo Pacheco Portes achar o objeto. Ele o encontrou no dia 16 de março.
Segundo os pesquisadores, o fragmento do foguete só resistiu à reentrada na atmosfera por causa do material que é feito. Trata-se de uma liga de nióbio e titânio, que dá resistência às temperaturas altas do trajeto.
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