Diversão sustentável. Empresário apresenta pista de dança que produz energia na Campus Party 2016
O piso sustentável já foi instalado em alguns pontos públicos da Holanda e em uma danceteria de São Paulo
atualizado
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Além de tecnologia, a Campus Party Brasil também é sinônimo de criatividade, inovação, entretenimento e sustentabilidade. Na 9ª edição, que ocorre em São Paulo, um dos principais palestrantes do evento criou uma pista de dança sustentável, que gera eletricidade a partir do movimento do público e contou um pouco sobre essa experiência na noite desta quinta-feira (28/1).
Durante a apresentação da startup Energy Floors, Michel Smit, CEO da empresa, explicou aos 8 mil campuseiros como surgiu a pista de dança e falou também sobre o funcionamento do produto. Com tecnologia holandesa, o piso sustentável já foi instalado em alguns pontos públicos da Holanda, como aeroportos.“Acreditamos que a sustentabilidade pode ser aplicada a uma danceteria e com isso queremos engajar as pessoas a serem sustentáveis. As pessoas hoje em dia já falam muito sobre esse assunto, mas temos que fazer isso na prática”, pediu Smit.
Números da empresa comprovam que, por ano, os holandeses liberam 450 mil kg de dióxido de carbono (CO2) em baladas. Seria preciso plantar 24 mil árvores para compensar isso. Em um ano, a redução de energia chegou a 117 mil/kwh, o que economizou 4,5 milhões de litros de água. Quanto mais ritmo tem a dança e mais dançarinos na pista, maior a quantidade de energia gerada.
Para Smit, a dança faz todo sentido com o projeto: “Esse conceito pode ser transferido para outros produtos, dividimos nossas ideias com muitas pessoas, acreditamos que temos que compartilhar para construirmos juntos”. A primeira pista instalada em uma boate na Holanda, em 2008, custou € 100 mil (aproximadamente R$ 447 mil). O produto tem que ser trocado em média uma vez por ano.
Brasil
O primeiro país da América do Sul a adquirir uma pista sustentável foi o Brasil, no estado de São Paulo. A danceteria Eco House comprou o aparato em 2013. Smit gostaria de instalar os pisos sustentáveis durante as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro, mas não recebeu nenhuma proposta brasileira.
“Nós conseguimos comprovar que é melhor para o meio ambiente ir a uma boate do que ficar em casa, e assim, você será mais sustentável. Nossa missão é aumentar a consciência para o consumo de energia, fazendo um uso divertido.