Covid-19: Bolsonaro e Trump ganham prêmio de mais irrelevantes da ciência
Presidentes criticaram isolamento social e defenderam remédio sem comprovação científica ao longo da crise sanitária
atualizado
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O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) e o americano Donald Trump estão entre os vencedores da 30ª edição do Prêmio IgNobel, que aponta os fatos mais irrelevantes ou inusitados da ciência mundial.
A “homenagem” foi feita nessa quinta-feira (17/9) pela condução da crise da pandemia do novo coronavírus por esses governantes.
Os dois países concentram cerca de 405 mil mortes pela Covid-19, o que representa 35% das vítimas registradas em todo o planeta.
Ao longo da maior crise sanitária do último século, Bolsonaro e Trump foram alvo de críticas de especialistas ao refutarem o isolamento social para frear o contágio e defender a cloroquina contra o coronavírus, embora as pesquisas provem que o remédio não tem eficácia contra a doença.
Em uma cerimônia virtual e na sede tradicional, o Teatro Sanders da Universidade de Harvard (EUA), também ganharam esse “prêmio” na categoria Educação Médica os líderes Andrés Manuel López Obrador (México) Aleksandr Lukashenko (Bielorrússsia), Narendra Modi (Índia), Vladímir Putin (Rússia), Gurbanguly Berdimuhamedow (Turcomenistão).
“Os ganhadores não puderam ou não quiseram nos acompanhar esta noite”, disse o apresentador, recordando que em 2013 Lukashenko já havia recebido o IgNobel da Paz por “proibir o aplauso em público”.
No lugar de espectadores, uma réplica animada do teatro se encheu de insetos que lançavam aviões de papel e aplaudiam.