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Cidades de PE proíbem arma de gel que virou problema de saúde pública

Olinda e Paulista adotam medidas legais para restringir o uso e a comercialização desses brinquedos devido aos riscos de ferimentos graves

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1 de 1 Imagem colorida de arma de gel proibida em cidades de Pernambuco - Metrópoles - Foto: Reprodução

As armas de gel se tornaram uma febre entre os jovens das periferias de Pernambuco. No entanto, as preocupações com a segurança, especialmente com o risco de ferimentos nos olhos, levaram as prefeituras de Olinda e Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a proibir o uso e a comercialização desses itens.

Paulista foi a primeira a implementar a restrição, com a sanção da lei municipal 5.367/2024 pelo prefeito Yves Ribeiro (PT-PE) na terça-feira (10/12). A legislação, aprovada pela Câmara de Vereadores, proíbe a fabricação, comercialização e distribuição de armas de gel na cidade.

Para os estabelecimentos que infringirem a norma, a lei estipula sanções como advertências, multas, suspensão das atividades por até 30 dias e, em casos mais graves, a cassação do alvará de funcionamento. Além disso, está prevista uma ampla campanha educativa para conscientizar a população sobre os riscos envolvidos.

Já em Olinda, o prefeito Professor Lupércio (PSD-PE) assinou, na quarta-feira (11/12), o decreto municipal 176/2024, que também proíbe o uso das armas de gel. Assim como em Paulista, o decreto estabelece punições para os comércios que continuarem vendendo os itens, incluindo multas e suspensão ou revogação de alvarás.

“Estamos diante de uma preocupação que não é só dos olindenses, mas de uma forma muito geral de todos nós pernambucanos. Essas armas em gel tem percorrido os diversos locais de maneira desenfreada e isto é bastante prejudicial, trazendo muitos danos. Nós vamos enfatizar esse eixo educativo, mas também ser bastante firmes para coibir o uso e a comercialização em nosso município”, enfatizou o prefeito Lupércio.

Feridos com arma de gel

As armas de gel, também conhecidas como “gel blasters”, utilizam bolinhas feitas de poliacrilato de sódio, material comumente usado em fraldas descartáveis e decorações de vasos. Essas bolinhas, inicialmente pequenas e rígidas, expandem ao serem hidratadas, tornando-se macias. Os jovens costumam brincar do que chamam de “guerrinha”, onde um dispara gel no outro.

Apesar de serem consideradas brinquedos, elas têm despertado preocupações devido ao impacto que podem causar, especialmente em regiões sensíveis do corpo, como os olhos.

Segundo a Prefeitura de Olinda, dados recentes mostram que, apenas nos últimos dias, cerca de 150 incidentes envolvendo arma de gel foram registrados em todo o estado, incluindo casos graves de lesões oculares.

“O fator também preocupa pela natureza carnavalesca da cidade, já imersa no período de prévias”, diz a prefeitura.

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