São Paulo tem segunda morte por falta de leito de UTI para Covid-19
Uma semana após o primeiro caso de óbito por falta de leito de UTI para Covid-19 na capital, prefeitura informa mais uma vítima
atualizado
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São Paulo – Uma semana após a cidade de São Paulo registrar a primeira morte por falta de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19, a prefeitura da capital anunciou nesta quinta-feira (25/3) o segundo óbito oficial pelo mesmo motivo.
Deusira Gabriel Rocha Rosa Dias, 72 anos, morreu na quarta (24/3) em uma fila de espera na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campo Limpo, na zona sul. Ela foi admitida na enfermaria em 15 de março. No dia seguinte, veio o pedido de transferência para UTI. Enquanto esperava a vaga, ela chegou a ser intubada, informou a prefeitura.
Segundo a gestão municipal, Deusira recebeu “cuidados intensivos e ventilação mecânica assistida, com equipamentos e equipe adequada à criticidade de sua condição”. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que “todos os pacientes que aguardam transferências para leitos de UTI na capital estão sendo assistidos pelas equipes médicas das unidades”.
Até a noite desta quinta (25), a cidade de São Paulo registrou 20.813 óbitos e 697.819 casos de Covid-19, segundo boletim do município. Dessa maneira, a ocupação de leitos de UTI está em 90%.
Primeira morte
A primeira morte de paciente à espera de leito de UTI para tratamento de Covid foi confirmada pela prefeitura de São Paulo na última quinta-feira (18/3). Renan Cardoso tinha 22 anos e faleceu em 13 de março após dar entrada em estado grave na UPA São Mateus. Seu pai, Valmírio Cardoso, também enfrenta falta de leito no Hospital Tiradentes, na zona leste.