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Cidade de MG fica em choque após morte de família em pedágio de Goiás

Moradores do município mineiro de Coromandel, vítimas eram conhecidas por “fazer caridade sem alarde”, como relata uma amiga ao Metrópoles

atualizado

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Goiás
1 de 1 Goiás - Foto: Reprodução: Facebook

Goiânia – Uma tristeza profunda tomou conta de Coromandel, cidade do Triângulo Mineiro, a 484 quilômetros de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (29/3). Familiares e amigos aguardam o funeral de um casal conhecido por “fazer caridade sem alarde” no município – como diz uma amiga da família – e do filho dele, de 2 anos, mortos, no dia anterior, em acidente com explosão na BR-050, em Goiás.

A prefeitura da cidade do interior de Minas Gerais decretou luto de dois dias e prestou solidariedade a todos os moradores da cidade, que tem 28 mil habitantes.

Moradores contam que ficaram ainda mais em choque ao verem imagens de vídeo do acidente que matou o empresário Reginaldo Ribeiro Silva Junior, de 40 anos, sua esposa, Marielly Maiza Mendes de Faria, de 26, e o filho deles, Cauã Ribeiro Dornelas, que havia feito aniversário neste mês. Morreram esmagados e carbonizados dentro do carro em que estavam.

O veículo da família havia parado, na praça de pedágio no KM 226 da rodovia, em Campo Alegre de Goiás, no sudeste do estado, para fazer pagamento em uma das cabines, e foi atingido por caminhão-baú desgovernado, carregado de desodorantes. O motorista do caminhão também morreu na hora. O vídeo do acidente repercutiu nas redes sociais.

Veja, abaixo, vídeo com cenas do acidente.

Pesar

Dezenas de amigos manifestaram solidariedade nas redes sociais e no perfil no Facebook da irmã do empresário, a fisioterapeuta Flavia Ribeiro, moradora de Brasília. A família havia passado alguns dias na capital federal, de onde voltava para Coromandel, distantes a 410 quilômetros.

Amigos mais longevos das vítimas, Alessandra Machado e Fabiano Oliveira, ambos de 42, são um casal que ainda tenta assimilar a tragédia e guarda boas lembranças das ações do casal. “Ele era uma pessoa muito carismática. Ajudava muita gente, mesmo de forma oculta, mas a gente sabia porque o auxiliava com as doações para famílias carentes”, conta ela.

O empresário não gostava de holofotes e, por isso, segundo Alessandra, a vida dele foi marcada pelo sentido mais genuíno da palavra caridade. “Ele fazia o bem, mas muito calado. Fazia caridade sem alarde”, relata, com a voz embargada pela tristeza.

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Reginaldo, Cauã e Marielle: família morta em acidente em praça de pedágio em Campo Alegre de Goiás
Fogo toma conta de praça de pedágio atingida por colisão entre duas carretas
Acidente em praça de pedágio
Estilhaços tomam conta de BR-050, após explosão provocada em acidente
Carro fica destruído após explosão em praça de pedágio
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Reginaldo Ribeiro e Marielle Maisa Mendes: vítimas de acidente em praça de pedágio em Campo Alegre de Goiás

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Reginaldo, Cauã e Marielle: família morta em acidente em praça de pedágio em Campo Alegre de Goiás

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Fogo toma conta de praça de pedágio atingida por colisão entre duas carretas

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Acidente em praça de pedágio

Divulgação: Corpo de Bomberos
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Estilhaços tomam conta de BR-050, após explosão provocada em acidente

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Carro fica destruído após explosão em praça de pedágio

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Praça de pedágio fica destruída em acidente

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Bombeiros apagam incêndio em praça de pedágio em Goiás

Divulgação: Corpo de Bombeiros

Apesar de ter vida intensa em uma empresa de instalação de serviços de TV via cabo e internet, o empresário contava com o apoio da esposa para sempre estar à disposição de fazer o outro sorrir. No Natal, ele se vestia de Papai Noel para arrancar o sorriso de crianças da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Coromandel.

A vida de Reginaldo também foi marcada por uma característica cada vez mais rara. Ele sempre estava aberto a ouvir as pessoas, segundo Alessandra. “Amizade dele era muito grande. Ele era muito de ouvir. Não tinha aquele trem de ficar desprezando as pessoas”, lembra ela.

Filha de comerciantes de Coromandel, Marielly encontrou no marido o apoio de que precisava para formar uma família, o sonho dos dois. “Ela era muito atenciosa, dava certo com todos os amigos. Não tenho o que reclamar, sempre conversou bem”, diz a amiga das vítimas.

Tomada pela forte dor do luto, Alessandra também ressalta que, em momentos de perda repentina, a cabeça fica tomada de perguntas, mas ela acredita que a família “cumpriu sua missão”.

“O vídeo mostra que o motorista do caminhão tinha possibilidade de passar em outra faixa. O que fez mudar na hora? Por que permaneceu onde estava? Por que [o acidente] aconteceu naquele momento?”, questiona Alessandra.

Veja, abaixo, outro vídeo com cenas de momentos antes de o caminhão colidir na praça de pedágio.

Sem respostas, as perguntas se espalham na mente dos familiares das vítimas. Os pais e as irmãs do casal estão afundados na desolação. É como se estivessem anestesiados após serem engolidos por uma dor repentina, que ganha força ao saber que Reginaldo, Marielly e Cauã não serão mais vistos, novamente, como escreveu um amigo da família nas redes sociais.

“Não posso mais crer que não veremos novamente. Que o Senhor Jesus conforte a família”, afirmou Xexéu Martins, em seu perfil no Facebook.

DNA

Como os corpos ficaram carbonizados, os corpos devem ser periciados para serem identificados, oficialmente, por meio de exame de DNA, antes da liberação do Instituto Médico Legal (IML) de Catalão, que fica a 60 quilômetros de Campo Alegre de Goiás e a 123 quilômetros de Coromandel.

A identificação extra-oficial foi realizada de início, principalmente, com base nas características do veículo da família, como modelo, cor e placa. Também foram usadas imagens dos circuitos de segurança da concessionária da rodovia.

O motorista do caminhão que provocou o acidente foi identificado como Euzébio Chinelli Santana, de 58 anos, também conhecido como Guma. Consta que ele era morador de São Paulo e que estava a serviço de uma empresa com sede no Paraná.

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