Cidade de MG diz que não pagará Gusttavo Lima por show cancelado
Mais cedo, foi revelado que contrato do cantor com prefeitura previa pagamento de metade do cachê de R$ 1,2 milhão, mesmo sem a apresentação
atualizado
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A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, informou, neste domingo (29/5), que Gusttavo Lima não recebeu nem vai receber pagamento do município após ter um show cancelado na cidade. Mais cedo, foi revelado que o contrato firmado entre a prefeitura e artista previa um pagamento de metade do cachê de R$ 1,2 milhão, mesmo sem a apresentação do cantor.
“Ao contrário do que vem sendo divulgado, não houve nenhum pagamento aos artistas Gusttavo Lima e Bruno e Marrone. Da mesma forma, não haverá incidência de multa pelos cancelamentos, já que a previsão contratual exige motivos injustificados, o que não acontece no caso”, diz o comunicado.
A declaração veio após ser revelado que o contrato firmado entre a prefeitura e o Embaixador, como o artista é conhecido, previa R$ 600 mil no ato da assinatura, que já foi pago, e o restante seria quitado cinco dias antes do evento. Além disso, em caso de cancelamento, a multa imposta era de 50% do valor global.
Depois do anúncio do cantor como atração da 30ª Cavalgada do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) começou uma investigação para apurar o valor que seria pago pela atração. O montante viria da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM, destinada a investimentos em infraestrutura, ambiente, saúde e educação.
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“Com perplexidade, nos deparamos com notícias que dizem que os shows ocorriam com verbas da saúde e educação. Referidas assertivas levianas e tendenciosas, demonstram absoluto desconhecimento sobre as formas de utilização dos recursos advindos da mineração, reguladas pela Lei Federal nº 13.540, que autoriza gastos com fomento econômico, bem-estar social, turismo, diversificação econômica, saúde, educação e outros”, aponta a nota.
Cancelamento dos shows
O anúncio do cancelamento do evento foi divulgado nas redes do prefeito da cidade, Zé Fernando (MDB), nesse sábado (28/5). Em vídeo, o emedebista afirma que a festa da qual o cantor era atração foi envolvida em uma guerra político-partidária.
“Infelizmente, nós vamos ter que adiar a vinda do Embaixador e também de Bruno & Marrone, por questões eleitorais, que tentaram envolver a nossa cidade e a minha honra pessoal. E nós não vamos permitir que sejamos envolvidos em questões que não nos representam”, sustentou Fernandes.
Além da apresentação do Embaixador, o prefeito cancelou a da dupla Bruno & Marrone, prevista para junho. A cidade já tinha pago 50% do cachê de Bruno e Marrone – 25% na assinatura do contrato e outros 25% quitados no último dia 11. O restante do pagamento seria efetuado no dia 15 de junho.
Assim como no caso de Gustavo Lima, a multa pelo cancelamento da dupla, sem justificativa, resultaria no valor de 50% do contrato. Ou seja, a cidade também arcaria com o valor da apresentação dos cantores, de R$ 520 mil.
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