metropoles.com

Cid sai preso do STF após depor sobre áudios com críticas à PF

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid deixou o STF preso preventivamente por descumprimento das medidas cautelares e obstrução à Justiça

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Foto colorida mostra Mauro Cid dentro de carro da PF - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra Mauro Cid dentro de carro da PF - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou o Supremo Tribunal Federal (STF) preso depois de prestar depoimento na Corte após áudios vazados em que o militar critica Moraes e a Polícia Federal. O depoimento durou quase 1h30, das 13h05 às 14h30 desta sexta-feira (22/3).

O STF informou que, “após o término da audiência de confirmação dos termos da colaboração premiada, foi cumprido mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes contra Mauro Cid por descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça”. Segundo o Supremo, Cid foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) pela PF.

7 imagens
Mauro Cid deixou o STF preso após depoimento sobre vazamento de áudios
1 de 7

2 de 7

Mauro Cid deixou o STF preso após depoimento sobre vazamento de áudios

Vinícius Schimdt/Metrópoles
3 de 7

Manoela Alcântara / Metrópoles
4 de 7

Manoela Alcântara / Metrópoles
5 de 7

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 7

Manoela Alcântara / Metrópoles
7 de 7

Cid no dia da prisão.

Manoela Alcântara / Metrópoles

Por volta das 13h30 desta sexta-feira (22/3), o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à Suprema Corte para ser ouvido pelo juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Cid não entrou pelo acesso principal do STF. Ele usou uma porta alternativa para evitar o contato com a imprensa.

A audiência com Mauro Cid foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Além dele e da defesa, um representante da PGR participa do depoimento.

Na noite de quinta-feira, a revista Veja divulgou áudios nos quais Cid afirma que a PF está com a “narrativa pronta” e que os investigadores “não queriam saber a verdade”. Ele também critica o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que o magistrado já tem uma “sentença pronta”.

Cid fala em desabafo

Em nota, a defesa de Cid informou que, em nenhum momento, ele coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do STF na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador. “Seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, completou.

“Referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando”, declarou a defesa de Cid.

Segundo os advogados, esse “desabafo” vem “da investigação e dos efeitos que ela produz perante sociedade, familiares e colegas de farda”.

“Mas que, de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade”, continuou.

Ouça os áudios vazados:

Delação premiada a perigo

Com a divulgação dos áudios, a Polícia Federal pode reavaliar a delação premiada de Mauro Cid, que foi aceita pela instituição em setembro de 2023.

Inicialmente, os investigadores queriam chamar Cid para esclarecer questões envolvendo os áudios. Porém, mudaram a rota e acharam melhor sugerir que o ex-ajudante de ordens seja ouvido pelo juiz instrutor, já que Cid os colocou sob suspeição.

À jornalista Andreia Sadi fontes ligadas à investigação disseram acreditar que Cid só tem a perder, já que a avaliação é que a delação do ex-ajudante de ordens só corrobora as demais provas que a Polícia Federal já tem, trazendo poucas novidades.

Integrantes da PF avaliam ainda que Cid parece estar tentando mandar recados para o círculo pessoal dele, criticando a corporação e o ministro Alexandre de Moraes.

Entre militares, o movimento de Cid — se confirmado como gesto a Bolsonaro — é considerado um tiro no pé, uma vez que a investigação já se mostrou bastante aprofundada no que diz respeito ao ex-ajudante de ordens.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?