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Cid ofereceu reunião com diplomata em troca de falsificação do cartão de vacina

Mauro Cid fez acordo com Marcelo Sicilliano, investigado como mandante no assassinato da ativista e vereadora Marielle Franco

atualizado

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Jair Bolsonaro e Mauro Cid -- Metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro e Mauro Cid -- Metrópoles - Foto: Reprodução

O ex-vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano (Progressistas), acusado de mandar matar a ativista Marielle Franco, teria sido o responsável por intermediar a inserção de dados falsos de vacinação da esposa de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde. Em troca, Siciliano pediu um encontro com o cônsul dos Estados Unidos.

Segundo diálogos mantidos entre o candidato a deputado estadual nas eleições de 2022 pelo PL-RJ Ailton Barros, também envolvido no esquema de falsificação de vacinação, e Mauro Cid, havia um acordo para que Siciliano inserisse os dados em troca de uma reunião com o cônsul americano para regularizar seu visto de entrada nos Estados Unidos. O acordo teria sido proposto por Ailton a Cid.

As investigações apontam ainda uma segunda tentativa de fraudar o cartão da esposa de Cid. Inicialmente, o casal usou dados de uma enfermeira do interior de Goiás para tentar mudar o status de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. O esquema, no entanto, não funcionou pois o lote de vacinas registrado no cartão não foi aplicado no Rio de Janeiro, onde a mulher teria se vacinado.

Caso Marielle

Siciliano é investigado como mandante do assassinato da vereadora e ativista Marielle Franco e de seu motorista, no Rio de Janeiro. Por essa razão, não consegue deixar o país e entrar nos Estados Unidos.

Nas mensagens obtidas pela Polícia Federal, Ailton Barros teria dito a Mauro Cid que sabia quem teria sido o mandante do assassinato. O ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, que foi preso na manhã desta quarta-feira (3/5) pela Polícia Federal, concorreu pelo PL a uma vaga como deputado estadual no Rio de Janeiro em 2022. Ele se apresentava como “01 do Bolsonaro” na campanha.

Barros foi preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa. O esquema de registros falsos envolvia postos de saúde no município de Duque de Caixas (RJ).

 

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