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Cid movimentou R$ 3,2 mi em 7 meses; operação é incompatível com patrimônio, diz Coaf

Relatório do Coaf aponta transações bancárias de Mauro Cid que seriam atípicas e incompatíveis com o patrimônio do tenente-coronel

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Bolsonaro Vazamento Tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaro Vazamento Tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta uma movimentação “atípica” e “incompatível” nas contas bancárias do tenente-coronel Mauro Cid.

De acordo com o Coaf, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses. As transações bancárias ocorreram de 26 de junho de 2022 a 25 de janeiro de 2023.

As informações foram publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Metrópoles.

O tenente-coronel teria realizado operações que somaram R$ 1,4 milhão em débitos e R$ 1,8 milhão em créditos. No entanto, a remuneração mensal do militar era de R$ 26.239.

O documento foi enviado à CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

Além de ser acusado de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, Cid é suspeito de fazer parte de um esquema de caixa 2 e de “rachadinha” com recurso do Planalto. O caso foi revelado no início do ano, na reportagem Exclusivo: o caixa 2 de Jair Bolsonaro no Planalto e Segredos do Alvorada, assinada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles

“Movimentação incompatível com patrimônio”

No relatório, o Coaf considerou que há indícios de “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente”.

A defesa de Cid, por sua vez, afirma que todas as movimentações do tenente-coronel, inclusive as que se referem a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal.

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Tenente-coronel do Exército, Mauro Cid firmou acordo de colaboração premiada com o STF
Mauro Cid estava preso no batalhão da Polícia do Exército
Mauro Cid ficou em silêncio durante questionamentos dos parlamentares na CPI do 8/1
Mas ficou em silêncio durante mais de sete horas, e não respondeu a questões simples, como a própria idade
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O relatório destaca ainda o envio de remessas que somam R$ 367.374, em 12 de janeiro de 2023, aos Estados Unidos. Na data, Cid e Bolsonaro se encontraram no país da América do Norte.

“Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, diz trecho do relatório.

Outro trecho do documento destaca quatro pessoas que fizeram transações para Cid. Haveria entre elas um “caixeiro viajante”, um “ourives”, um tio de sua esposa e o sargento Luis Marcos dos Reis, subordinado de Cid na Presidência.

Investigações contra Cid

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio no âmbito da Operação Venire, que apura esquema de fraudes em cartões de vacinação.

A PF investiga se Cid cometeu os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, peculato eletrônico e corrupção de menores.

Além disso, o tenente-coronel é considerado uma das peças-chaves para as investigações sobre os ataques ocorridos no dia 8 de janeiro, uma vez que foram encontradas mensagens de teor golpista no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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