1 de 1 Bolsonaro Tenente-coronel Mauro Cid olha para frente e aperta os lábios
- Foto: Breno Esaki/Metrópoles
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), comentou em uma mensagem de aplicativo que o modo não-oficial de entrada de joias saudistas em território brasileiro se tornou um grande complicar no caso. Algumas delas, por exemplo, teriam sido trazidas dentro de uma mochila. “Esse foi o grande problema”, escreveu ele.
Cid se refere ao caso do possível esquema de venda e recompra dos presentes enviados por delegações estrangeiras, durante o governo Bolsonaro, em 2021. O colar de diamantes entregue pelo governo saudita ficou retido na Receita Federal, enquanto o kit rosê gold entrou no Brasil através da mochila de um dos assessores do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
As mensagens trocadas entre Cid e Wajngarten foram obtidas pela colunista Juliana Dal Piva, do portal Uol. Nelas, o tenente-coronel envia um tuíte de um perfil de humor que mencionava que as joias estariam escondidas em uma mala diplomática, e o fim da mensagem questionava o motivo de trazerem “escondido”.
A coluna ainda revelou que Cid admitiu, também em março, que os itens eram “de interesse público, mesmo que sejam privados”, fato que contradiz o argumento da defesa do ex-presidente, que chegou a pedir a devolução das joias ao Tribunal de Contas da União (TCU), por “pertencerem a Bolsonaro”.
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Kit de joias que teria sido vendido por Mauro Cid
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Osmar Crivelatti assessorou Bolsonaro na Presidência
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Fachada da Gold Grillz Miami, loja que comercializa produtos com ouro ou outros
metais preciosos
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Joias foram presente da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro
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Joias entregues por Bolsonaro à União
Divulgação/Defesa Bolsonaro
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Estojo entregue ao ex-presidente Bolsonaro contendo kit com relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gol, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard
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Receita não liberou joias trazidas ao Brasil pelo governo Bolsonaro
Reprodução/Twitter do ministro Paulo Pimenta
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Joias foram apreendidas pela Receita Federal em São Paulo
Reprodução/Twitter do ministro Paulo Pimenta
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Mauro Cid é alvo de diferentes frentes de investigação envolvendo Bolsonaro
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Pai de Cid deixa rosto aparecer em reflexo de caixa com esculturas sauditas
Reprodução/PF
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General Mauro Lourena Cid e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foram alvos de operação da PF nesta sexta (11/8)
A PF investiga se Jair Bolsonaro tinha conhecimento das negociações ilegais feitas por Cid, ou até mesmo se ele foi responsável por instruir os ajudantes de ordens a vender os presentes sauditas no exterior. Tanto o ex-presidente quanto Michelle Bolsonaro tiveram a quebra do sigilo fiscal e bancário autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O caso das joias de Bolsonaro
A Operação Lucas 12:2 investiga o destino de presentes entregues ao então presidente Jair Bolsonaro durante visitas oficiais. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os itens devem ficar no acervo da União, e não no acervo pessoal do ex-mandatário.
Em 11 de agosto, aliados e auxiliares de Bolsonaro foram alvos de ação da PF no caso das joias. São eles: o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid, o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef e o segundo-tenente Osmar Crivelatti.
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