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Cid Gomes autoriza 18 cartas de saída para deputados do PDT

Em disputa contra seu irmão, Ciro Gomes, senador Cid Gomes aprovou cartas após derrota política no último encontro do PDT, no Rio de Janeiro

atualizado

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Cid Gomes
1 de 1 Cid Gomes - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O senador Cid Gomes assinou, nesta quarta-feira (8/11), 18 cartas de anuência para cinco deputados federais e 13 estaduais do PDT. São documentos que autorizam a saída deles do partido. Agora, parlamentares vão à Justiça para continuar com os procedimentos de desligamento.

“É um número significativo de pessoas que pediram ao diretório, que compreendeu coletivamente que há razões de sobra para dar a essas pessoas a carta de anuência (…) Nós ingressaremos na Justiça, individualmente, cada um demonstrando as razões e pedindo que afirme o nosso entendimento porque estamos sendo perseguidos” afirmou o senador em coletiva de imprensa, pela manhã.

Cid Gomes havia sinalizado a colegas do Senado, na semana passada, que estaria de saída de seu partido e, consequentemente, da liderança da sigla na Casa. Ele acusa de perseguição política os recentes atritos com o diretório nacional, comandado pelo deputado federal, André Figueiredo, aliado de Ciro Gomes.

A Executiva do PDT, em reunião no Rio, no dia 27 de outubro, anunciou uma interferência na esfera estadual, que será formalizada de forma efetiva nesta quarta, às 18h. De início, a ala comandada por Cid se reuniria na quinta-feira (9/11), mas o senador adiantou o encontro, possibilitando o exercício do papel de presidente do diretório estadual por Cid.

“Nós estamos conscientes de que há uma notória perseguição da direção nacional do partido e estamos preparados para para enfrentar administrativamente. Foi deliberado aqui que nós apresentaremos a nossa defesa, entendemos que não há nenhuma razão plausível ou razoável para se fazer uma intervenção”, disse.

Após a reunião do dia 27, da qual Cid, membro da direção nacional por ser líder do PDT no Senado, diz não ter sido convidado, uma resolução foi expedida para dificultar as anuências concedidas.

O presidente André Figueiredo, naquela sexta-feira, assinou uma resolução criando regras para a concessão de cartas de anuência para desfiliação de pedetistas eleitos pelo voto proporcional.

O documento, ao qual a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, teve acesso, estabelece que eventuais cartas de anuência para desfiliação sem perda de mandato só terão validade se passarem “obrigatoriamente pelo crivo” da executiva nacional do PDT.

Guerra de Cid dentro do PDT

Cid encontra-se em conflito com a liderança do PDT desde que o partido, sob a presidência interina do deputado André Figueiredo, do Ceará, iniciou um processo de intervenção no diretório estadual cearense, que anteriormente era liderado pelo senador.

Em setembro, Figueiredo, que estava licenciado da presidência do partido no estado, anunciou seu retorno ao PDT do Ceará e sua intenção de destituir Cid. Essa decisão foi considerada uma quebra de acordo pela ala associada ao senador.

Em 16 de outubro, Cid conseguiu recuperar o controle do PDT no Ceará ao convocar uma nova eleição do diretório estadual. A validade desse processo eleitoral foi confirmada pela Justiça comum em 18 de outubro.

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