Ciclone no RS: polícia indicia servidor por desvio de doações
A passagem do ciclone do estado do Rio Grande do Sul deixou 50 mortos. De acordo com a polícia, o desvio de doações ocorreu em Roca Sales
atualizado
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou um servidor da prefeitura de Roca Sales (RS) por supostamente ter desviado doações destinadas às vítimas da passagem de um ciclone extratropical no estado, em setembro.
De acordo com informações do portal G1, o homem, identificado como Cristian Prade, de 47 anos, que atuava na área de fiscalização ambiental, será indiciado pelo crime de peculato.
As investigações da polícia apontam que ele teria orientado voluntários a deixarem doações em um terreno de propriedade dele, com a promessa de que seriam destinadas às vítimas do ciclone. No local foram apreendidos 280 sacos de ração para animais.
A defesa do indiciado afirmou que não iria se manifestar. Ele foi preso em 20 de setembro, mas solto três dias depois por determinação da Justiça.
Rastro de destruição
O ciclone que atingiu a Região Sul do país, em setembro, deixou um rastro de destruição. De acordo com o boletim mais recente, divulgado na última semana, o número de mortes chegou a 50. Além disso, 8 pessoas seguem desaparecidas.
Os números que mensuram os danos da passagem do fenômeno são divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Somente no município de Roca Sales, onde a polícia aponta o desvio de doações, foram 13 mortos.
O número de resgatados em todo o estado passa de 3 mil, enquanto a montante de pessoas afetadas passa de 400 mil.