Ciclone extratropical atinge RS, SC e PR com ventos de 80km/h
Preocupação é grande em Pelotas por causa do ciclone extratropical que deve aumentar o nível da Lagoa dos Patos
atualizado
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Um ciclone extratropical, como é conhecida uma ampla área de baixa pressão atmosférica, está se desenvolvendo em alto-mar. E mesmo afastado da costa gaúcha, o sistema vai intensificar ventos fortes e chuvas em parte do leste da Região Sul.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores volumes de chuva podem passar de 50 mm entre o Paraná e o sul do Rio Grande do Sul, inclusive Santa Catarina. No extremo sul gaúcho, inclusive, são esperados ventos com mais de 80km/h e acumulado de chuva com mais de 80mm.
“A formação e deslocamento do sistema de baixa pressão estende uma frente fria, que intensifica o ar frio sobre toda a região [Sul] e também em parte do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, avisa o Inmet.
Por causa da umidade, do vento e do deslocamento de ar frio, a sensação térmica será de frio nos três estados da região Sul.
O alívio vem a partir de quarta-feira (29/5), com o tempo mais seco, a entrada de sistema de alta pressão e o afastamento da baixa pressão para o oceano. “Até o sábado o tempo permanece estável, com predomínio de sol e sem chuvas no estado gaúcho”, confirma o Inmet.
Ciclone extratropical preocupa Pelotas
Mesmo assim, o vento e a chuva preocupam a população de Pelotas. Isso porque a situação atinge a Lagoa Mirim, que influencia diretamente o nível da Lagoa dos Patos. De acordo com Samuel Beskow, professor de hidrologia da Universidade Federal de Pelotas e membro do comitê de emergência, há o perigo de enchentes.
“A Lagoa Mirim, a gente sabe que está em níveis bem elevados, por conta de toda a chuva tanto na região do [rio] Uruguai, quanto nessas bacias que drenam pra [lagoa] Mirim, como o caso do rio Jaguarão”, explicou Beskow à Agência Brasil.
A agência de notícias aponta que os bairros de Pelotas mais próximos à Lagoa dos Patos estão alagados. E a população usa o que pode, como sacos de areia, para não deixar a água entrar em casa.
A Prefeitura de Pelotas aponta que a enchente atinge 5 mil pessoas atualmente, com 700 em abrigos.