Ao menos 21 pessoas morrem por chuvas no estado de São Paulo
De acordo com a Defesa Civil, 11 pessoas seguem desaparecidas
atualizado
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Ao menos 21 pessoas morreram no Estado de São Paulo por causa dos efeitos da forte chuva que caiu entre a noite de quinta-feira (10/3)e a madrugada de sexta (11/3). Segundo a Defesa Civil do Estado, há 12 feridos e dezenas de desabrigados.
Francisco Morato, Mairiporã, Franco da Rocha, Itapevi, Cajamar, Caieiras, Guarulhos e a capital, na Grande São Paulo, além de Itatiba, no interior, foram os municípios mais atingidos. Na manhã desta sexta, para evitar o rompimento da barragem que pertence ao Sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) teve de abrir as comportas da Represa Paiva Castro, entre as cidades de Franco da Rocha e Mairiporã.
Em Mairiporã, quatro pessoas morreram – os bombeiros haviam informado anteriormente cinco óbitos – e há seis desaparecidos. Sete pessoas ficaram feridas. Uma criança socorrida morreu no hospital. O deslizamento de terra atingiu três casas na Rua Primavera, por volta das 21h40 de quinta-feira (10/3), em uma região de morro no bairro Jardim Nery.
Em Guarulhos, de acordo com os bombeiros, duas pessoas morreram afogadas. Em São Paulo, um deslizamento deixou quatro feridos na Jardim Ângela, na zona sul. As vítimas foram socorridas na Rua Achaira e levadas ao Posto de Saúde do M’Boi Mirim.
Caieras
Em Caieiras, a Defesa Civil disse que há mais de 30 deslizamentos de terra, porém, nenhuma vítima fatal e nenhum desabamento de casa. Todavia, diversas residências estão inundadas. O centro e os bairros próximos são as áreas mais prejudicadas pelas chuvas.
Ceagesp
Em nota, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou, que a chuva registrada durante a noite de quinta e madrugada desta sexta-feira na capital paulista provocou alagamentos em algumas áreas internas do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). A situação, porém, já está normalizada e não há registro de vítimas, segundo a companhia.
Antes das 9h, as entradas pelos portões 3, 13 e 14 foram reabertas ao acesso dos veículos para as atividades normais do mercado. A única área que ainda está interditada é a do Pavilhão das Melancias, que passa por limpeza. “Todos os produtos que foram atingidos no alagamento estão condenados e já estão sendo eliminados”, informou a Ceagesp, que não divulgou volume e valor de perda.
Aeroportos
O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ficou fechado para pousos e decolagens das 23h50 até as 6h06. A forte chuva alagou parte da subestação de energia do local e causou falta de luz em parte das pistas. O prédio principal e os saguões não foram afetados. Pelo menos 12 voos foram remanejados para outros aeroportos e outros seis foram cancelados, informou o terminal.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, não teve o funcionamento afetado pelas chuvas, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ele opera das 6h às 23h diariamente.
Previsão
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) afirmou que não há mais pontos de alagamentos intransitáveis em São Paulo. O CGE também disse que a chuva forte segue agora em direção ao Rio de Janeiro. A previsão do tempo, segundo o órgão, é de chuviscos ao longo do dia em toda a capital paulista, mas nada semelhante ao temporal dessa quinta.